Diego Maradona revelou hoje ter pedido a intervenção da União Europeia para arbitrar o conflito que mantém com o fisco italiano, que exige a “El Pibe” o pagamento de 40 milhões de euros.
O deputado europeu Crescenzio Rivellini, do PDL, partido de Silvio Berlusconi, colocou duas perguntas por escrito ao Parlamento Europeu sobre o caso de Maradona, além de ter feito chegar um alerta ao Provedor de Justiça Europeu, garante dos contribuintes da União Europeia.
“Sou perseguido em Itália. Não cometi nenhuma fraude. Não tenho 40 milhões de euros, nem sequer ganhei essa verba ao longo da minha vida”, disse Maradona numa conferência de imprensa, nos escritórios da União Europeia, em Roma.
Maradona manifestou-se disponível para se sentar à volta de uma mesa e dialogar com a Equitalia, agência responsável pela coleta de impostos em Itália.
O deputado Rivellini, napolitano e adepto do Nápoles, onde Maradona brilhou e é idolatrado, justificou ter assumido a defesa de um caso exemplar, “como uma forma de prestar justiça aos contribuintes italianos perseguidos por um fisco demasiado intrusivo”.
“A Equitalia quer fazer deste caso um exemplo para todos, mas Diego [Maradona] irá mudar, provavelmente, o fisco italiano”, acrescentou Rivellini, para quem a União Europeia tem agora “quatro a seis semanas para dar uma resposta” sobre a questão.
Entretanto, o advogado de Maradona, Angelo Pisani, considera que o seu constituinte “está inocente”, lembrando que este “nunca foi condenado por fraude fiscal” e que cabe à administração fiscal “demonstrar que Diego cometeu alguma fraude”.
Pisani diz mesmo que, “caso se demonstre” que houve alguma irregularidade, “estamos prontos a pagar os 40 milhões de euros”.
Campeão do mundo em 1986 com a Argentina, Maradona marcou 115 golos em 259 jogos ao serviço do Nápoles, que conquistou os seus únicos dois títulos de campeão de Itália (1987 e 1990) graças à classe de “El Pibe”, que vive hoje no Dubai.
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