O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), José Fontela Gomes, defendeu hoje «maior responsabilização dos clubes para acabar com situações de agressões a árbitros em jogos».
As declarações à agência Lusa surgem no seguimento de uma agressão ocorrida por jogadores no final de uma partida de juniores, no fim de semana passado na ilha de São Miguel, que deixou sem sentidos César Andrade, o árbitro do jogo entre o São Roque e o Santiago, obrigando à sua hospitalização.
«Para acabar com esse tipo de situações é preciso responsabilizar ainda mais os clubes para que estes tenham melhor conduta e que ensinem essa conduta aos jogadores e a quem colabore com o clube. Porque isso não é forma de estar no futebol e não é esse o futebol português», afirmou o presidente da APAF.
José Fontela Gomes admitiu que ainda aguarda «mais dados do núcleo de São Miguel» para ter um conhecimento mais profundo deste caso, admitindo que o castigo «depende do regulamento disciplinar de cada Associação», defendendo «que deveria incorrer numa pena dura para exemplo e para que situações como estas não se repitam no futuro».
O presidente da APAF reconhece que tem conhecimento de «várias situações semelhantes ocorridas nos Açores». Apesar de se verificarem noutras regiões, admite que «se têm registado com maior periodicidade» naquele arquipélago.
José Fontela Gomes defendeu ainda que o policiamento nas camadas jovens deveria voltar a ser «obrigatório» como no passado, porque se «este tipo de situações acontecem com policiamento, com a falta de policiamento podem ocorrer mais e até de forma mais grave».
Contactada pela agência Lusa, fonte da Associação de Futebol de Ponta Delgada admite que já foram pedidos os relatórios médicos, da PSP e do árbitro para serem analisados pelo Conselho de Disciplina numa reunião a realizar-se terça-feira à noite e de onde poderá sair a sanção a aplicar aos agressores.
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