Hoje estreia-se uma 'ferramenta' que poderá dar um contributo muito importante no que à verdade desportiva diz respeito.
No estádio Olímpico de Helsinki vai ser testada a tecnologia semiautomática do fora de jogo, que se estreia de forma oficial na Supertaça europeia, hoje disputada pelo Real Madrid e o Eintracht de Frankfurt.
Como funciona então a tecnologia do fora de jogo automático?
De forma a diminuir o tempo que decorre até à marcação do fora de jogo, a UEFA decidiu-se pela implantação desta tecnologia de deteção de fora de jogo de forma semiautomática. O SAOT é uma tecnologia que utiliza múltiplas câmaras que procuram identificar melhor as extremidades dos jogadores, de forma a estabelecer o momento preciso do passe.
"Há cerca de 10 a 12 câmaras que detetam 29 pontos do corpo do jogador, 50 vezes por segundo, e um software que analisa os dados em tempo real, calculando na perfeição o momento do passe e da posição dos jogadores. O sistema insere também grelhas para destacar o fora de jogo. Em seguida envia automaticamente os dados para a estação VAR, que tem a resposta para dar ao árbitro. Os tempos? Certamente muito mais rápido dos que os de hoje", explicou Collina, atual diretor da arbitragem da FIFA, citado pelo jornal espanhol MARCA.
Espera-se assim que o sistema seja fiável, com 12 câmaras instaladas na cobertura do estádio, que captam os movimentos da bola e até 29 pontos de cada jogador. Calcula 50 vezes por segundo as posições exatas sobre o terreno de jogo. Os 29 grupos de dados compilam as extremidades e as partes do corpo que são tidas em conta para gerar um fora de jogo. Podem ainda ser geradas imagens 3D que refletem a situação do jogador, no momento exato do fora de jogo e que podem ser mostrados na transmissão do jogo.
A tecnologia é um apoio valioso, tanto para tomar decisões precisas e rápidas, mas ainda mais quando se trata de um fora de jogo difícil de assinalar", disse Roberto Rosetti, chefe de arbitragem da UEFA.
Collina desmitificou ainda a ideia de que os árbitros poderão ser substituídos no futuro por árbitros robots, face à evolução das tecnologias: "Eles continuam a ser decisivos, o fora de jogo semiautomático só será utilizado quando um futebolista toca na bola, se há interferência na jogada, a decisão é do árbitro", disse.
Michael Oliver é o árbitro que irá dirigir o encontro desta noite.
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