O Benfica entra a ganhar na nova época, ao conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira (a nona da sua história) com um triunfo por 2-0 sobre o FC Porto. Os dragões começaram por dominar, bem à sua imagem, mas o nulo manteve-se até ao intervalo, altura em que Roger Schmidt mexeu na equipa e apostou num ponta de lança de raiz. A partir daí, o campeão nacional foi superior e os golos de Di María e Musa surgiram com naturalidade, apanhando de surpresa o rival, que ainda viu Pepe e Sérgio Conceição abandonarem o jogo mais cedo.
Face à saída de Gonçalo Ramos para o PSG, Roger Schmidt surpreendeu ao não apostar num ponta de lança de raiz, optando por um ataque mais móvel com Rafa e Di María. Outra surpresa foi a escolha de Ristic para o lado esquerdo da defesa, em detrimento do reforço Jurásek.
No lado do FC Porto, Sérgio Conceição quis premiar a boa pré-época de Namaso dando-lhe a titularidade como parceiro de Taremi.
Tal como se previa, os dragões entraram a todo o gás e Galeno só precisou de alguns segundos para entrar na área contrária e ameaçar a baliza de Vlachodimos. O remate, contudo, saiu ao lado. A equipa portista apostava nas transições rápidas para criar perigo e foi somando várias ocasiões de golo, mas a pontaria estava mais desafinada do que o habitual.
Quanto ao Benfica, bem mais apático no início, ainda viu Diogo Costa chocar com Grujic e deixar a bola em zona perigosa (7’), após cruzamento de Ristic, mas Marcano conseguiu afastar o perigo. Minutos depois, João Mário aproveitou uma perda de Pepê para disparar de longe, sem sucesso.
Aos 25’ Zaidu passou por dois adversários e tirou um cruzamento tenso, mas nem Taremi, nem Danny Namaso apareceram para desviar. Na resposta das águias, Kokçu rompeu pelo corredor central, fintou três, mas o remate, apesar de colocado, saiu fraco (28').
Por esta altura, o Benfica conseguiu equilibrar a partida, mas notava-se a falta de uma referência na frente - era comum ver a equipa a ter de cortar para dentro e não cruzar para a área.
O jogo manteve-se intenso até ao intervalo (os sete amarelos mostrados são paradigmáticos disso mesmo), mas com muitas indecisões no último terço de ambos os lados.
Schmidt lançou Musa e Jurásek para a segunda metade (João Mário e Ristic estavam amarelados), o Benfica voltou melhor e aos 61' chegou mesmo ao golo. Quando o FC Porto tentava sair a jogar pelo corredor central, Kokcu antecipou-se, roubou a bola a Pepê e, com a parte exterior do pé, assistiu Di María que rematou em jeito para o primeiro da noite - fica a sensação que Diogo Costa podia ter feito mais.
Sérgio Conceição tentou responder de imediato com as entradas de Toni Martínez e Romário Baró, mas o FC Porto nem teve tempo de reagir. Apenas sete minutos depois, Musa ganhou o duelo aéreo com Pepe, a bola sobrou para Rafa, que serviu o avançado croata, a finalizar sem dificuldades perante Diogo Costa.
Perante a vantagem mais confortável, o Benfica foi encurtando bem os espaços e ainda podia ter feito o terceiro por Rafa, minutos antes de Pepe ver o cartão vermelho por agressão a Jurásek. Já nos descontos, Galeno introduziu a bola na baliza, mas não contou, ao contrário da expulsão de Sérgio Conceição, que recusou-se a sair do banco durante alguns minutos.
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