O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, assumiu que um cheque que passou ao fisco não tinha cobertura.
«Pois, não teve provisão, e face às dificuldades existentes é para chamar a atenção de que é importante o Estado olhar para os clubes de forma diferente. O futebol pagou cem milhões de euros de impostos a tempo e horas e não tem o retorno que devia ter. Não tem possibilidade para se candidatar a fundos comunitários para infraestruturas desportivas, tem uma fiscalização como nenhuma outra empresa tem. Tem muitos deveres e pouco contributo do Estado. Temos de pensar no jogo online, na diminuição das receitas do totobola e totoloto, porque houve muito a ser retirado aos clubes e não foi dado nada em troca. Não estou preocupado com as consequências. Sei como o fiz e porque o fiz. É importante dar um sinal ao estado para poder olhar de frente. É uma chamada de atenção», assumiu o dirigente após o encontro com o Benfica, este domingo.
Quanto ao jogo, Carlos Pereira considerou o resultado «exagerado» e, tal como Luís Olim e Pedro Martins, comentou a expulsão de Pouga, diz ter sido «injusta».
«Acho que o resultado é exagerado. Na minha opinião, o primeiro golo nasce de um fora-de-jogo que não foi assinalado. A expulsão também é injusta, logo, podemos concluir que fomos penalizados. Também concluímos que fomos penalizados pela nossa ineficácia. Podíamos ter marcado primeiro, o que não aconteceu. Embora o Benfica tenha jogado bem, tem uma excelente equipa», referiu.
Com a derrota por 3-0 na Luz, o Marítimo está arredado da Taça da Liga.
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