O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Luís Duque, disse hoje que as inovações tecnológicas que vão ser introduzidas na final da Taça da Liga são fundamentais para a verdade e transparência do futebol.
"Há quem pense que o erro faz parte do futebol, mas eu penso que o erro só faz parte se não formos capazes de o evitar. Enquanto estiver na nossa mão evitá-lo, acho que devemos usar toda a tecnologia disponível", referiu o dirigente, na apresentação da final da Taça da Liga, que se realiza na sexta-feira, em Coimbra, entre o Benfica e o Marítimo.
Luís Duque considera que "é uma opção estratégica da Liga abrir-se às novas tecnologias", referindo ainda que o organismo está preparado e quer investir nesse sentido, para que logo que seja permitido pelas autoridades que superintendem o futebol "poder utilizar mais tecnologia em favor da decisão do árbitro".
"Vamos colocar a tecnologia ao serviço do futebol, da verdade desportiva, pois não podemos deixar de ter em conta que hoje o futebol é uma grande indústria e que erros que possam acontecer pagam-se erros e custam dinheiro", sublinhou.
Na sexta-feira, na final da Taça da Liga entre `encarnados´ e insulares, vai estar disponível o sistema de tecnologia de golo de baliza, que permite ao árbitro, em caso de dúvida, ser auxiliado na tomada de decisão se a bola passou ou não a linha de golo, embora a decisão seja sempre do juiz da partida.
Trata-se de um sistema de sete câmaras instaladas no topo do estádio e de um relógio de pulso usado pelos elementos da equipa de arbitragem, que vibra e permite visionar se a bola chegou a ultrapassar a linha de golo.
"É uma novidade e o princípio daquilo que nós pretendemos introduzir no futuro das nossas competições", disse Luís Duque.
Outras das novidades passa pela eleição do homem do jogo, que vai ser votado pelos telespetadores, e não apenas pelos órgãos de comunicação social, e entregue no final do jogo.
Luís Duque adiantou ainda que a LPFP tenciona "retocar o modelo" da competição na edição do próximo ano, "que surgiu numa altura em que se disputavam menos jogos nas I e II ligas", com a apresentação de uma proposta nesse sentido na próxima assembleia-geral.
"Vamos tornar o modelo ainda mais aliciante, não só para quem participa, mas também para aqueles que a transmitem e para os nossos parceiros patrocinadores que a suportam", disse o dirigente.
O presidente da LPFP prometeu "melhorar a prova e dar-lhe cada vez mais importância", considerando que a Taça da Liga tem todas as condições para ser uma competição de "elite e de elevado interesse".
Na conferência de imprensa, que decorreu no Estádio Cidade de Coimbra, palco da final, Luís Duque disse ainda que a segurança dentro e fora das instalações desportivas está acautelada para "todos os que se dirijam a Coimbra na sexta-feira à noite".
Na sessão de apresentação da prova, participaram também José Eduardo Simões, presidente da Académica, o vereador Carlos Cidade e Luís Cunha velho, diretor-geral da TVI, televisão que transmite o jogo em sinal aberto.
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