O treinador do Vitória de Guimarães criticou hoje a “escassez de jogos” e a “falta de equidade” da Taça da Liga de futebol e disse encarar o jogo com o Sporting de Braga, na segunda-feira, como um treino.
Manuel Machado até defende que a prova foi criada de forma justificada, para dar mais competição às equipas, mas aponta duas falhas ao seu formato, designadamente a “escassez de jogos e a falta de equidade”, o que, na opinião do técnico, contribui para o aumento do fosso entre os clubes mais ricos e os mais pobres.
“No campeonato inglês, por exemplo, o Manchester United jogou no domingo, na quarta-feira e hoje jogou outra vez. Os meus jogadores – e mais algumas centenas - têm andando a dar uns pontapés na bola e umas corridas. No actual contexto, os jogadores são pagos principescamente para andarem a treinar”, afirmou.
Para Manuel Machado, “a prova fez-se para acrescentar jogos”, mas, na pior das hipóteses – sendo eliminado na fase de grupos -, pode propiciar ao Vitória de Guimarães apenas três, sendo que só por uma vez joga em casa, situação que consubstancia a outra regra de que discorda.
“Existe uma falta de equidade, porque fazem com que os maiores e os mais ricos cheguem à final da prova. À imagem do que é a nossa sociedade, dá-se mais a quem tem mais e menos aos que já pouco têm, para que se perpetuem algumas situações. O Setúbal cometeu o pecado de a ter vencido na primeira edição e tratou-se logo de criar um regulamento que alterasse isso”, apontou.
Por tudo isto, o treinador vitoriano desvaloriza a importância da Taça da Liga e o jogo de segunda-feira ante o Sporting de Braga, no reduto deste, da primeira jornada do grupo C da terceira fase da prova.
“Para mim vai ser um bom jogo treino, vou meter alguns jovens, aproveitar para cumprir os castigos do João Alves e do Edson Sitta, por aí sim, é importante, mas não passa disso. Contudo, vamos entrar em campo com respeito pelo emblema e fazer de tudo para ganhar”, frisou.
Sobre reforços que possam chegar na reabertura do “mercado”, em Janeiro, lembrou a contratação do guarda-redes brasileiro Douglas e admitiu que existem outros jogadores referenciados e que podem chegar para reforçar o meio-campo, o sector “mais frágil”, disse.
Comentários