Rui Borges fez a antevisão ao duelo contra o FC Porto, das meias- finais da Taça da Liga (terça-feira, às 19:45), salientando que a equipa só pensa na vitória e que, apesar de existirem algumas baixas, o objetivo do clube é sempre ganhar.

Veja todas as declarações de Rui Borges:

Antevisão ao duelo com o FC Porto: "Há ambição. Temos alguns jogadores condicionados, que estão de fora, o plantel não é assim tão grande. Mais do que gestão, e é claro que temos de ter cuidado, é a ambição de jogar a meia-final e de chegar à final que pode dar a conquista de um troféu. Se formos perguntar a um jogador, é subjetivo. Há sempre cansaço, há muitos jogos, mas se perguntar ao jogador se prefere quarta e domingo, ele vai dizer que prefere jogar quarta e domingo sempre. Querem é jogador. O jogo pode meter-nos na final e essa ambição tem de prevalecer".

Dragões mais frescos: "Queria ter toda a gente disponível, mas não olho às limitações. O FC Porto não jogou, não tem essa sobrecarga que nós tivemos, num jogo intenso em Guimarães. Eu foco-me no que posso controlar. O FC Porto é uma equipa dinâmica e intensa. A ambição tem de prevalecer. Os nossos jogadores estão motivados pelo que representa o jogo. A equipa adversária também terá momentos em que vai estar cansada".

Confiança no triunfo: "Os jogadores estão confiantes, já o disse. Essa desconfiança não pode existir. Vamos tentar ganhar as competições todas. A exigência deste clube é essa e estamos cientes disto. Neste clube, existe ganhar e conquistar troféus, independentemente da exigência dos jogos. Eles precisam de adquirir comportamentos novos. Eles têm sido fantástico nestes dois jogos, independentemente do empate. Muito feliz com a resposta da equipa, eles precisam de adquirir esses comportamentos, temos trabalhado nesse sentido. É sempre melhor treinar, mas estou feliz com o que têm feito, ficava triste era se não tentassem fazer as coisas. Temos de ter consistência para sermos competitivos mais tempo durante o jogo".

Regresso de Gonçalo Inácio: "Está dentro, pode ser opção. Teve uma paragem prolongada, vai precisar de tempo para adquirir essa parte física, para jogar 90 minutos".

Interesse em Fresneda e mercado: "Se sair alguém, seja o Fresneda ou não, ficamos carenciados e aí acredito que temos de ir ao mercado. Seja à direita ou noutra posição. O Fresneda é opção para o jogo, seja com o FC Porto ou se chegarmos à final. O Fresneda é jogador do Sporting".

Possível reforço na baliza: "São os três opção (Calai, Israel e Kovacevic). A malta falar de jogadores, é natural. Todos os dias chegam médios, guarda-redes, avançados, sair o A, entrar o B. Desligado completamente disso, focado nos que tenho e sempre fui assim. Estou contente com os jogadores que tenho, são coisas naturais das equipas. Não faz sentido pensar nisso. Tenho confiança nos três guarda-redes. Já rodei, já não rodei, é uma questão de perceber o momento".

Necessidade de tempo: "Podemos andar um ano todo, vamos chegar ao fim e achamos que podemos melhorar alguma coisa. Há dinâmicas diferentes, defensivas ou ofensivas. Vai faltar sempre tempo. Sou um treinador que acredita na repetição das coisas e nós não temos tempo para repetir, para treinar. O tempo será sempre relativo. Sinto que há essa aprendizagem, estamos a tentar ajudar ao máximo nesse sentido. Vai depender da capacidade deles. A equipa está a dar uma resposta fantástica e isso para mim sobrepõem-se a tudo o resto. Há jogos em que não vamos ter momentos tão bons como queremos, mas durante o jogo não podemos criar essa desconfiança e dar confiança ao adversário, que foi o que aconteceu com o Benfica e com o Vitória SC. Estamos a complicar e isso passa desconfiança. Temos de ser mais inteligentes e práticos".

Parte física dos jogadores: "Eles estão prontos em termos físicos. A exigência dos dois jogos foi grande, principalmente na primeira parte. Perdemos algum fulgor nas segundas partes, mas acho que nós próprios demos confiança ao adversário. Tentámos sair curto. No jogo com o Vitória SC, conseguimos criar perigo em profundidade e na segunda parte andámos a tentar jogar curto. Quando fomos buscar o Viktor, já estava 4-3 para o Vitória SC. Às vezes, temos de ser mais práticos. Com o 1-3, houve relaxamento, não fomos tão rigorosos e deixámos o Vitória SC a acreditar na pressão alta deles e não os pusemos a correr para trás, só aos 90' quando estava 4-3, com bolas no Harder, Viktor e Maxi. O espaço existia e com o Benfica foi igual. Temos de estar mais ligados nas segundas partes".

Importância da Taça da Liga: "Tenho sempre oportunidade de ganhar títulos, mesmo noutros clubes. É uma competição diferente, queremos chegar à final, é a minha ambição desde que nasci e se calhar foi por isso que cheguei ao Sporting. Essa ambição trouxe-me até aqui, mas para já temos de nos focar no jogo com o FC Porto. Para chegar ao troféu, temos de ganhar dois jogos muito difíceis. A felicidade de entrar na história do Sporting e dar troféus ao Sporting engrandece-me a mim, à equipa técnica e ao Sporting".

Declarações de Gyökeres: "A equipa técnica disse o mesmo, que uma equipa campeã não pode sofrer três golos e deixar virar o jogo para 4-3. Concordo com ele e é normal. Tivemos algum relaxamento que nos saiu caro, perante a exigência do jogo e do estádio em si. Uma equipa que quer ganhar sempre, não pode deixar virar um 1-3 para um 4-3. Senti como um desabafo, e bem, de uma equipa que quer ser campeã e é campeã nacional. É impensável deixar virar o jogo. O Vitória SC teve mérito, mas também houve demérito nosso. Essa falta de concentração não pode acontecer".

Jogo de setembro entre FC Porto e Sporting: "Não me foco muito nisso. Treino jogadores diferentes, equipas diferentes. O FC Porto está numa fase bastante positiva, é uma equipa muito forte em duelos, temos de ser exigentes para sermos mais fortes nesses duelos. Em termos ofensivos, a equipa tem dinâmicas com médios, extremos por dentro, Galeno falso lateral a jogar a extremo. Acredito que a equipa está preparada para o que vai encontrar. Acima de tudo, acredito que será um bom jogo".

Dificuldades defensivas: "Os mais importantes a defender são os dois da frente, não é o quarteto defensivo. Há comportamentos específicos que eles não estão habituados, como é lógico. Eles defendiam em 4x4x2 em alguns momentos com o Ruben, mas ele pedia uns comportamentos e eu outros. Leva tempo e não temos tido esse tempo para identificar o erro. Eu gosto que se sintam confortáveis. Sinto que estão agarrados ao que peço. Falta treino no campo, temos ajudado com vídeo, mas não é a mesma coisa. Temos tentado ir corrigindo uma ou outra coisa. Eles estão ligados à ideia e ao jogo".

Momento de Edwards e renovação do João Simões: "A renovação tem de estar na cabeça do presidente. Ele faz 18 anos, mas parece que tem 25 porque é um miúdo muito maduro pela forma como comunica em campo. Surpreendeu-me bastante. Em relação ao Edwards, está em dúvida, está com alguns problemas próprios do tempo, relacionados com gripe e está em dúvida para o jogo".