O FC Porto não teve grandes dificuldades em garantir o apuramento para a final da Taça de Portugal diante do Gil Vicente com um triunfo por 2-0 sobre a formação gilista, que à imagem dos seus anfitriões também se apresentou em modo poupança no jogo da segunda mão das meias-finais da prova.
E foi num ambiente desolador que as equipa subiram ao relvado esta quarta-feira. A hora do jogo (21h00) e o frio não convidavam a grandes aventuras fora de casa, e o facto do FC Porto ter vencido o jogo da primeira mão em Barcelos por 3-0 também não ajudou para que este jogo se tornasse na pior assistência de sempre do Estádio do Dragão com o escandaloso número de 4.863 espectadores.
Talvez a pensar no próximo desafio para o campeonato frente ao SC Braga, José Peseiro apostou numa equipa do FC Porto com bastantes alterações com destaque para o regresso de Miguel Layún ao eixo central da defesa portista para jogar ao lado do nigeriano Chidozie. Aboubakar voltou a ser aposta do técnico do FC Porto para a frente de ataque composta ainda por Marega e Varela. No meio campo, Rúben Neves, Sérgio Oliveira e Evandro foram as apostas de Peseiro. Já do lado do Gil Vicente, o técnico Nandinho apostou na rotatividade e poupou mais de meia equipa titular provavelmente a pensar nos compromissos da equipa de Barcelos na II Liga, e da dificuldade que seria em virar a eliminatória de 3-0.
Perante este cenário, o jogo arrancou num ritmo pouco intenso, quase de treino, com o FC Porto a assumir naturalmente o domínio de jogo. A formação visitante praticamente não pressionava, mas mesmo assim as ocasiões de golo pareciam não querer surgir junto à baliza do estreante Ivan Cruz.
Aos 11 minutos, Chidozie Awaziem estreou-se a marcar na equipa principal do FC Porto ao corresponder na perfeição ao cruzamento de Sérgio Oliveira na sequência de um pontapé de canto. O jovem defesa central nigeriano saltou sem oposição no coração da área gilista e de cabeça fez o 1-0.
Em vantagem no marcador e na eliminatória, o FC Porto não precisava de aumentar a intensidade de jogo, embora a falta de eficácia dos jogadores portistas fizesse desesperar a reduzida plateia presente no Estádio do Dragão. Marega aos 20 minutos ainda introduziu o esférico no interior da baliza, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo do franco-maliano. Aos 26 minutos foi a vez de Evandro atirar ao lado. E quando não era a falta de pontaria era um defesa a colocar-se no caminho da bola, como no lance aos 27 minutos em que Aboubakar enche o pé para rematar contra um adversário.
O jogo foi seguindo assim ao intervalo com poucos motivos de interesse. Sérgio Oliveira pareceu querer mostrar serviço, enquanto que Varela demonstrou que está num mau momento de forma.
Antes do intervalo, Evandro sentiu dores e acabou por ser substituído por Alberto Bueno. O espanhol regressou assim à competição depois de uma paragem de vários meses.
No arranque do segundo tempo, Helton ia complicando uma jogada aparentemente controlada, mas o Gil Vicente acabou por não aproveitar o 'brinde' do guardião brasileiro.
O FC Porto ia chegando com algum perigo junto à baliza do Gil Vicente, mas Aboubakar e Marega simplesmente não atinavam com a bola, e a pontaria. Já Bueno também teve as suas oportunidades para inscrever o seu nome na lista de marcadores, mas a confiança do espanhol resultou em dois remates por cima da baliza do adversário.
E foi já com André André e Martins Indi em campo, que o FC Porto acabaria por sentenciar o jogo com o golo de Marega aos 81 minutos num lance em que Aboubakar serviu o seu companheiro franco-maliano para a estreia a nível de golos com a camisola do FC Porto.
Antes do apito final, Chidozie ainda se queixou com dores, mas a confirmação da passagem do FC Porto à final da Taça de Portugal já há muito que estava carimbada com a vitória em Barcelos por 3-0.
Num jogo sem grande história, ficou a vitória do FC Porto por 2-0 em modo treino, e o apuramento para a final da Taça de Portugal cinco anos depois, para além do registo da pior assistência de sempre do Estádio do Dragão porque até nos treinos abertos no início do ano, o Estádio do Dragão leva mais gente.
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