O FC Porto venceu esta tarde o Santa Clara por 1-2, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal. Dragões e açorianos completaram a partida que fora iniciada no passado dia 7 e, após entrada fulgurante do Santa Clara, os portistas organizaram-se e, na segunda parte, acabaram por dar a volta ao marcador.

Com esta vitória, os azuis e brancos chegam às meias-finais da Taça de Portugal, onde terão pela frente o Vitória de Guimarães.

O dilúvio e o balde de água fria

É caso para dizer 'em equipa que empata não se mexe', já que Sérgio Conceição voltou a utilizar o mesmo onze do jogo frente ao Rio Ave no embate frente ao Santa Clara. Uma abordagem diferente da de Vasco Matos que mudou cinco elementos, em relação ao encontro frente ao Lank Vilaverdense.

A mudança com maior destaque vai para o posicionamento de Paulo Henrique, a jogar à esquerda no lugar que costuma ser de MT, numa linha de cinco, de forma a aumentar a robustez defensiva do emblema açoriano, sem alterar o esquema de jogo do líder da II Liga.

A bola começou a rolar com condições atmosféricas pouco simpáticas, com muito vento e chuva forte, o que dificultava a condução com bola, devido às várias poças que surgiam no relvado.

A primeira oportunidade de perigo surgiu aos 16 minutos, após cruzamento de Wendell ao primeiro poste, com Evanilson a não conseguir chegar a tempo de rematar. O Santa Clara conseguia ambientar-se melhor às condições e aos 19 minutos ainda colocou a bola dentro da baliza defendida por Diogo Costa, mas o lance viria a ser invalidado por fora de jogo de Vinícius Lopes.

As condições não eram as melhores e isso era evidente pelos protestos da equipa técnica do FC Porto, que pedia a interrupção do encontro, o que viria a acontecer à passagem do minuto 27' pelo árbitro da partida, Gustavo Correia.

Vinte e dois dias depois, a partida foi retomada com um lançamento para o Santa Clara do lado direito. Quis o destino que este recomeço de partida resultasse imediatamente no golo dos açorianos; lançamento longo de Sidnei Lima, primeiro remate de Pedro Pacheco para uma defesa incompleta de Diogo Costa e Rafael Martins a surgir para a recarga, fazendo o 1-0.

Completamente apanhado de surpresa, o FC Porto tentou reagir e aproveitar o forte vento que tinha a favor durante a primeira parte; lançamento longo de Galeno e Pepe de cabeça a obrigar Marcos Díaz a aplicar-se. Entretanto, os dragões desfaziam o seu quarteto defensivo, passando a utilizar um sistema de três defesas, com os corredores entregues a Francisco Conceição na direita e João Mário na esquerda.

Outra parte, outro Porto

Para a segunda parte Sérgio Conceição fez entrar Danny Namaso por troca com João Mário, colocando o inglês a jogar ao lado de Evanilson, regressando ao quarteto defensivo, com Pepê responsável pela lateral direita. Como seria de esperar, os azuis e brancos entraram mais agressivos e a pressionar o Santa Clara logo na sua zona ofensiva.

Aos 51 minutos, uma perda de bola em zona proibida permite a Namaso servir Galeno que, com tudo, para o empate, atirou ao lado. Foi o prenúncio para aquele que seria o golo do empate portista; 52 minutos e nova recuperação de bola em zona adiantada permite a Evanilson, descaído na direita dentro da área, rematar para o empate, com o desvio em Pedro Pacheco a trair o guarda-redes dos açorianos.

Após o empate, o FC Porto manteve o pé no acelerador e continuou a controlar a partida, perante um Santa Clara que, com o vento a favor, procurava explorar esse fator para lançar ataques em profundidade.

Mas eram os dragões quem controlavam e acabaram por dar a volta ao marcador, pouco depois da hora de jogo; Francisco Conceição partiu no um-para-um na direita, cruzou atrasado para o coração da área onde estava Galeno que fuzilou as redes açorianas.

Agora em desvantagem e perante a supremacia portista, Vasco Matos resolve mexer, lançando Safira e Ricardinho, para os lugares de Bruno Almeida e Vinicius. Os açorianos procuravam reagir e estiveram perto do empate em dois lances consecutivos; aos 76 minutos uma má abordagem de Diogo Costa após cruzamento da esquerda lançou a confusão junto da baliza portista e Wendell foi obrigado a afastar de qualquer forma. Na sequência do canto, Safira atirou ao poste.

O Santa Clara tentou chegar ao empate até ao final, mas não foi capaz de criar mais situações de perigo perante um FC Porto que controlou as operações, não permitindo muitas veleidades ao adversário.

Os dragões estão nas meias-finais da Taça de Portugal e vão agora discutir com o Vitória de Guimarães a passagem à final do Jamor.

Veja o resumo do jogo