O guarda-redes Marafona recusou hoje o estatuto de ‘herói’ da conquista da Taça de Portugal de futebol pelo Sporting de Braga por ter defendido duas grandes penalidades, mas disse ser o "concretizar de um sonho".
Marafona adivinhou os lados para que os portistas Herrera e Maxi Pereira remataram, tornando-se decisivo na vitória dos bracarenses (4-2 no desempate por grandes penalidades).
“Os penáltis são o momento, ainda bem que os defendi porque deram a Taça ao Braga. Se sou o herói do jogo? Não, os heróis são todos estes jogadores, todo este staff e toda esta massa associativa, somos todos heróis”, considerou.
Muito solicitado por alguns dos milhares de adeptos 'arsenalistas' que hoje preencheram a Praça do Município enquanto a equipa era recebida no salão nobre da câmara de Braga, o guardião de 29 anos disse ter poucas palavras para explicar o que sentia.
"É um sentimento inexplicável, ontem [domingo de madrugada] e hoje ver esta multidão, esta gente, é o concretizar de um sonho, é inexplicável", reforçou.
Marafona jogou até janeiro no Paços de Ferreira, tendo ingressado nos minhotos depois da venda do russo Kritciuk nesse período, e há duas épocas estava na II Liga.
"A vida dá muitas voltas, felizmente vim para este grande clube conquistar uma grande competição", disse.
Realizou apenas um jogo do percurso do Sporting de Braga na Taça de Portugal e logo o da final: "é verdade, acabei por fazer o jogo decisivo e ainda que bem que consegui ajudar a equipa", disse.
Se na equipa de 1966 que levou para Braga a primeira Taça de Portugal a figura é o argentino Perrichon, autor do único golo da partida com o Vitória de Setúbal, na de 2016 será Marafona.
"Disso ninguém me livra e é um orgulho imenso pertencer à história do Braga", concluiu.
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