Milhares de adeptos do FC Porto concentraram-se hoje em redor do Estádio Nacional em clima de festa, nas horas antecedentes à final da Taça de Portugal de futebol, a disputar entre os 'dragões' e o Tondela.
Formou-se uma verdadeira mancha 'azul e branca' entre as entradas Maratona e Sul do Estádio Nacional, povoadas por adeptos do FC Porto oriundos de todos os pontos do país e divididos por grupos de amigos e familiares.
Um desses adeptos foi Pedro Araújo, "portuense e portista de gema, nascido na Sé do Porto" - como o próprio se definiu - e a residir e trabalhar em Lisboa desde 2013 no Gabinete de Arquitetura da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que e fez acompanhar pela família.
"A vida de um portista em Lisboa não é fácil", disse, em coro com a companheira, Teresa Araújo, que recordou que os dois são os únicos portistas no prédio onde residem, no Forte da Casa, junto a Vila Franca de Xira. "Para nós é uma festa ter tanta gente de azul e branco à nossa volta," comentou.
Do Porto viajou a irmã de Pedro, Sandra Santos, assim como o marido e dois filhos, com o objetivo de "vir a buzinar no caminho para casa". Visivelmente alegre, comparava a diferença entre a bifana que almoçava, junto à zona de campismo do Jamor, com as que habitualmente encontra na Invicta.
Alguns dos apoiantes 'azuis e brancos' conheceram ainda uma paragem pelo caminho...em Alcochete, onde esta manhã a equipa de iniciados do FC Porto defrontou o Sporting (empate a dois golos), no que esperam ter sido bom prenúncio para o 'prato forte, esta tarde em Oeiras. "Foi um dia à Porto," ouvia-se em redor.
De mais longe vinha um grupo de quatro adeptos, mais precisamente da Madeira: Nuno Chaves, José Pina, Renato Nascimento e José Abreu viajaram propositadamente desde o Funchal para assistir à final.
"Ontem (sábado), às 18:15, ainda estávamos à espera da boleia de um amigo nosso, o Hélio. Chegámos a Lisboa, fomos jantar e cá estamos," declarou José Abreu, feliz, sobre uma 'romaria' cuja logística não foi fácil.
Nuno Chaves relatou o insólito contratempo com que se depararam ainda na Madeira: "viemos do Funchal num voo barato, de 59 euros, mas fomos 'enganados'. Não fizemos o check-in online de forma correta, chegámos lá e tivemos de pagar mais 55 euros cada um," conta o adepto portista, que, tal como os seus amigos, se viu obrigado a comprar o equivalente a dois bilhetes de avião para assistir ao jogo.
"No fim, valeu a pena," concluíram os alegres portistas da Madeira, esperançosos em ver o FC Porto erguer o troféu no final.
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