Os portões portas de saída do estádio Kanjuruhan, em Malang, onde no sábado morreram 125 pessoas devido a distúrbios após um jogo de futebol, são demasiado pequenas, anunciou hoje a polícia indonésia.
As autoridades divulgaram fotos de seis dos 14 portões do estádio, junto aos quais ocorreu a maioria dos incidentes, que começaram quando cerca de 3.000 adeptos invadiram o campo após a derrota da equipa da casa, o Arema FC, frente aos rivais do Persebaya Surabaya, por 3-2.
“Esses portões estavam abertos, mas são muito pequenos. Dava para passar duas pessoas e havia centenas a tentar sair”, explicou Dedi Prasetyo, porta-voz da polícia, acrescentando que as zonas de saída são da responsabilidade dos organizadores do evento.
O jogo contou apenas com a presença de adeptos da equipa da casa, o Arema FC, uma vez que os organizadores proibiram a presença de simpatizantes do Persebaya Surabaya, devido ao historial de rivalidade e violência no futebol indonésio.
Segundo testemunhas, os incidentes aconteceram no final do encontro, no qual o Arema FC sofreu perdeu pela primeira vez com o Persebaya Surabaia nos últimos 23 anos, quando adeptos da equipa da casa invqadiram o relvado e começaram a atirar objetos aos jogadores e equipa técnica.
No exterior do estádio, pelo menos cinco veículos da polícia foram incendiados.
A polícia usou gás lacrimogéneo para tentar controlar os adeptos em fúria, mas a sua ação acabou por provocar o pânico, com milhares de pessoas a precipitarem-se para a saída.
Muitas das pessoas morreram espezinhadas no caos da debandada, e os tumultos estenderam-se ao exterior do estádio.
As autoridades indonésias disseram inicialmente que os tumultos provocaram 174 mortos, mas o número oficial foi entretanto revisto para 125, embora possa aumentar por haver muitos feridos em estado crítico.
O campeonato indonésio foi suspenso e as autoridades ordenaram um inquérito aos incidentes.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decretou o cumprimento de um minuto de silêncio nas competições por si organizadas, nomeadamente a Taça de Portugal, em memória das vítimas da tragédia ocorrida na Indonésia.
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