O ícone, a maior figura de sempre do futebol português, irá comemorar em fevereiro 40 anos de vida.

Apesar de um Europeu de futebol menos conseguido, competição onde a produção acabou por ser nula, Cristiano Ronaldo voltou a ser notícia em 2024. O craque, apesar de já não estar no seu apogeu físico, continua a ser um figura incontornável e a maior bandeira do nosso país. Durante a competição de seleções em terras alemães, acompanhámos passo a passo a loucura em torno do capitão de Portugal.

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Todos os treinos da equipa das quinas estiveram lotados durante o Euro, outros milhares desesperaram por não terem tido acesso ao 'bilhete dourado'. Na Alemanha, não eram apenas os emigrantes portuguesas que faziam filas, e tentavam de mil e uma formas assegurar presença num dos treinos de Portugal. Ronaldo, até ele, é finito mas haverá um antes e depois do craque luso. E alguns, a maioria certamente, procuravam ver pela primeira a seleção, mas sobretudo o craque português ao vivo e a cores. A competição certamente não ficará na sua memória. Não marcou qualquer golo, a sua presença no onze foi muita vezes discutida por parte dos analistas e comentadores, e na oportunidade soberana, quando teve hipóteses de fazer o gosto ao pé, falhou da linha dos onze metros, numa vertente do jogo em que costuma ser exímio.

Frente à Eslovénia, nos oitavos de final do Euro, foi possível ver um Cristiano Ronaldo desesperado, frustrado, mesmo em lágrimas. Oblak acabou por ser um muro impenetrável, na forma como parou o castigo máximo do capitão no tempo extra. Mais tarde, no desempate por grandes penalidades, o capitão não falhou e cumpriu a missão.

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Portugal acabou por cair no certame frente à França, nos quartos de final, também no desempate por grandes penalidades. Na Volkspark Stadion em Hamburgo, a vitória sorriu aos gauleses por 5-3 nas grandes penalidades. Depois de 120 minutos sem golos, tal como nos oitavos de final diante da Eslovénia, o jogo foi decidido nos penáltis, onde só João Félix falhou.

O golo 900 e o sonho do número 1000

Foi em setembro, no dia 6, que Cristiano Ronaldo chegou à inacreditável marca dos 900 golos enquanto profissional. O triunfo de Portugal por 2-1 sobre a Croácia permitiu ao craque luso reforçar o estatuto de melhor marcador de sempre de seleções.

Com múltiplos títulos individuais, cinco Bolas de Ouro, títulos nacionais e internacionais, tais como a Liga dos Campeões, e o Campeonato da Europa conquistado por Portugal em 2016, CR7 tem sido, ao longo da sua carreira, um especialista em quebrar recordes.

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O craque luso dobra o ano com 916 golos na carreira em 1257 jogos como profissional. Pela seleção de todos os nós são 135 os golos apontados até ao momento. Os registos são inacreditáveis e dificilmente alcançáveis. Apesar de ter ficado em branco no Europeu da Alemanha, Ronaldo voltou a aparecer em bom nível na campanha que confirmou a presença da equipa das quinas na Liga das Nações, onde contabilizou cinco golos. Um golo em especial ficou na retina, o pontapé acrobático apontado frente à Polónia, num triunfo por 5-1.

No Europeu, disputado na Alemanha, CR7 ficou em branco pela primeira vez numa grande competição, mas na segunda metade do ano apareceu mais fresco a nível físico, recuperando os dotes de 'matador', e promete não abrandar.

O craque luso não dá quaisquer sinais de poder deixar a breve prazo a seleção, contrariamente ao amigo e muitas vezes companheiro Pepe, que fez o último jogo no Euro2024. Na cabeça de Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro está certamente a marca dos 1000 golos, que o dianteiro certamente vai perseguir indefinidamente até que as pernas lhe falhem.

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O dianteiro terá certamente oportunidade para dilatar o seu pecúlio nas competições vindouras, a começar no seu clube o Al Nassr, mas também na seleção, onde Portugal vai lutar pela conquista da Liga das Nações e ainda na qualificação para o próximo Campeonato do Mundo, em 2025, prova que o capitão da equipa lusa terá em mente para marcar presença.

No Natal, o craque desejou uma boa quadra de uma forma inusitada, de tronco nu, no meio da neve. "Feliz Natal a todos", escreveu o capitão, num voto de boas festas aos muitos milhões que o acompanham nas redes sociais.

A fechar o ano, Cristiano Ronaldo foi eleito, nos Global Soccer Awards, o melhor jogador a atuar no Médio Oriente numa cerimónia em que também recebeu um troféu de reconhecimento por ser o maior goleador da história do futebol, com mais de 900 golos.

“O ser o melhor marcador de todos os tempos dá-me motivação para continuar a jogar e a marcar golos, que é o que eu faço melhor. Vou continuar, ainda quero ganhar títulos, marcar mais golos e ganhar mais coisas pela seleção nacional”, afirmou o avançado de 39 anos.

Na mesma cerimónia o jogador luso levantou o véu sobre o que pode ser o seu futuro. "Treinador não vou ser. Presidente de um clube penso que também não. Vejo-me mais como dono de clube e tenho alguns em mente", revelou o jogador do Al Nassr.