O diretor-executivo da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), Emanuel Macedo de Medeiros, considerou hoje que “não há lugar à neutralidade” no combate pela integridade no desporto, alertando para a necessidade de promover a inclusão no setor.
“Hoje exige-se que todos tomem partido. Aqui não há lugar à neutralidade. (…). Não há lugar à neutralidade no que diz respeito à defesa, à salvaguarda e ao combate pela integridade, seja no desporto, seja na vida pública ou coletiva”, afirmou.
O líder da SIGA falava no encerramento da semana internacional anticorrupção, organizada por aquela organização, que decorreu em Ponta Delgada, nos Açores.
Emanuel Macedo de Medeiros alertou que é necessário firmar um “compromisso de igualdade” para que o “desporto seja um espaço onde todos têm lugar”.
“O desporto para ser desporto precisa de ser inclusivo. De rosto humano, de consciência, de verdade. Ninguém pode ser excluído, negligenciado, discriminado. Independente das origens, do seu background social ou académico, da sua situação económica ou das suas opções intimas”, vincou.
O responsável criticou “algumas organizações” que “só fazem jogos de lama” e que defendem que as “reformas se fazem com cassetete”, dando o exemplo da organização ‘Play The Game’.
“Nós não falamos de cor. Nós apontámos soluções e temos a responsabilidade de apontar caminhos e de nos colocar ao lado daqueles que querem a reforma do setor”, salientou.
E acrescentou: “Não agimos sob comando ou sobre instruções a não ser o comando da nossa própria consciência. Não servimos interesses políticos, nem partidários, nem económicos”.
O líder da SIGA avançou ainda que em janeiro de 2023 vai ser criada a “SIGA Solutions”, uma iniciativa para fomentar a integridade nas organizações desportivas.
No encerramento, o presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) elogiou o percurso do açoriano Emanuel Macedo de Madeiros, e enalteceu a “linguagem universal do desporto” para promover a integridade.
“A integridade é a matriz de uma atitude positiva na vida. Dai que a SIGA cumpra, na minha humilde opinião, essa profunda convicção”, assinalou José Manuel Bolieiro.
O chefe do executivo regional considerou que o “sentimento de impunidade não pode reinar”, considerado a “promoção do sucesso” e a “literacia” o “primeiro desafio” para a “criação de valores”.
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