Em resposta à explicação avançada à Lusa pelo presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, que afirmou “Valongo não esteve presente [na reunião de hoje da AMP]. A partir do momento em que há quórum para votação avança-se e, por isso, foi votado por unanimidade pelos municípios presentes”, o município liderado pelo socialista José Manuel Ribeiro contestou às afirmações do autarca de Vila Nova de Gaia.

"O município de Valongo reitera o que afirmou (…) tratou-se de uma reunião de trabalho onde não estiveram presentes inúmeros municípios, com três pontos, sendo que somente o último ponto era para decisão, conforme está escrito na convocatória", lê-se no esclarecimento do autarca de Valongo enviado à Lusa ao princípio da noite.

Na convocatória anexada ao texto enviado, apenas o terceiro ponto “Proposta ITI AMP 2030, para a componente Metropolitana”, surge com indicação de “Deliberação”, sendo os restantes pontos discutidos “1. Apoio metropolitano à Candidatura do Coliseu do Porto; 2. Apoio Metropolitano (municípios do Distrito do Porto) à Candidatura da AFP para a criação da Academia de Futebol da AFP”.

Depois de fonte da presidência da AMP ter dito ontem à Lusa que a AMP aprovou, por unanimidade, a comparticipação nas obras de reabilitação do Coliseu do Porto e na futura academia da Associação de Futebol do Porto (AFP), investimentos de cerca de sete milhões de euros, Valongo veio dizer estar contra.

"O Município de Valongo, que não teve oportunidade de participar na referida reunião de trabalho, informa que não irá votar favoravelmente esses apoios", pode ler-se numa nota de fonte oficial da Câmara de Valongo enviada durante a tarde à Lusa.

Esta autarquia disse que decorreu "na sede da AMP uma reunião de trabalho do Conselho Metropolitano do Porto, para debater eventual apoio metropolitano" à eventual candidatura do Coliseu do Porto e da Associação de Futebol do Porto para a criação de uma Academia de Futebol.

Tendo em conta que esse apoio, segundo a Câmara de Valongo, seria feito "através da cedência de verbas dos municípios", isso implicaria "a obrigatoriedade de unanimidade na decisão", incluindo dos ausentes na reunião.