O judoca português Jorge Fonseca, campeão do mundo da categoria -100kg, admitiu hoje que estava focado em Tóquio2020, hoje adiado para 2021, mas lembrou que o mais importante é “estabilizar” o presente, perante a pandemia da Covid-19.
“A decisão de adiar os Jogos Olímpicos não chegou de surpresa. A nova realidade que este ano nos trouxe tem sempre de pôr em primeiro lugar a saúde de todos nós. Como atleta, claro que não escondo que estava focado em Tóquio2020, que trabalho todos os dias para alcançar o sonho de qualquer colega meu, seja qual for a modalidade”, escreveu o judoca na sua página na rede social Facebook.
No entanto, para Jorge Fonseca, neste momento, é mais importante deixar o objetivo de participar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 “no horizonte do próximo ano” e lutar para “estabilizar” o presente, de forma a que todos consigam alcançar os seus sonhos “num futuro saudável e seguro”.
Em agosto de 2019, a capital japonesa recebeu os Mundiais de judo, onde Jorge Fonseca conquistou o primeiro título português na história da prova.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia de covid-19, anunciaram hoje o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.
“Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”, lê-se no comunicado.
Esta decisão foi, de acordo com o mesmo documento, tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 33 mortos e 2.362 infetados confirmados.
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