Os descendentes de Gustave Eiffel garantem que vão lutar até ao fim para impedir que os anéis olímpicos se mantenham na Torre Eiffel, como planeia a presidente da Câmara de Paris.
A família do lendário engenheiro afirmou "opor-se a qualquer alteração que afete negativamente o respeito pelo trabalho" de Gustavo Eiffel, acrescentando que já consultou advogados de forma a perceber como pode travar essa mudança.
A presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, pretende manter os enormes anéis multicoloridos que foram anexados à 'Dama de Ferro' para os Jogos Olímpicos de Paris pelo menos até 2028, altura dos próximos Jogos, em Los Angeles.
Mas os descendentes de Gustave Eiffel argumentaram que o símbolo "colorido, de grandes dimensões, colocado na avenida principal de acesso à torre, cria um forte desequilíbrio estético" na forma da torre, "modificando substancialmente as formas muito puras do monumento".
Manter os anéis onde eles agora se encontram iria contra "a neutralidade e o significado adquiridos ao longo dos anos pela Torre Eiffel, que se tornou o símbolo da cidade de Paris e da França no mundo", afirma, em comunicado, a Association des Descendants de Gustave Eiffel.
Esta sugere que os anéis se mantenham no lugar apenas até ao final de 2024, que marca o fim do ano olímpico.
Concluída em 1889 para a Exposição Universal de Paris e originalmente planeada para durar apenas 20 anos, a Torre Eiffel, com 330 metros, é propriedade da cidade de Paris.
É o monumento mais visitado do mundo, de acordo com o seu site, atraindo cerca de sete milhões de pessoas todos os anos – cerca de três quartos das quais vindas do estrangeiro.
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