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Os dois tenistas lusos salientam a diferença do torneio olímpico em relação aos torneios do circuito ATP.
Os tenistas portugueses João Sousa e Gastão Elias partilham o sonho de uma medalha olímpica, mas preferem pensar ganhar ronda a ronda no torneio olímpico do Rio2016.
“A minha missão olímpica, como na vida, é dar o melhor de mim, dar tudo por tudo para vencer cada encontro disputado, com a responsabilidade de representar Portugal. Obviamente, uma medalha olímpica é o sonho de qualquer atleta, mas há que ser realista. No ténis, tudo pode acontecer e eu acho que é importante pensar encontro a encontro, com as expectativas altas, mas com os pés bem assentes na terra”, resumiu João Sousa.
O número um nacional, que na primeira ronda do torneio olímpico vai defrontar o holandês Robin Haase, 62.º jogador mundial, defendeu que não há sorteios fáceis.
“Todos os jogadores aqui presentes têm mérito de aqui estar. Estar nuns Jogos Olímpicos não é para todos e vai ser, sem dúvida, um encontro difícil. É um jogador que conheço razoavelmente bem, porque já coincidi com ele várias vezes em torneios”, explicou Sousa, revelando estar a adaptar-se bem às condições do Centro Olímpico de Ténis.
Caso vença Haase na primeira ronda, o 36.º jogador ATP poderá defrontar o número um mundial, o sérvio Novak Djokovic.
“O Djokovic é um dos melhores jogadores da história do meu desporto e seria, para mim, um privilégio, no caso de eu e ele vencermos, poder defrontá-lo nuns Jogos Olímpicos, num ambiente como este. Seria uma ótima notícia”, assumiu em declarações à imprensa, na Aldeia Olímpica do Rio2016.
Também Gastão Elias sonha chegar o mais longe possível no torneio olímpico de ténis, uma missão que “um sorteio positivo” – vai estrear-se contra o australiano Thanasi Kokkinakis (452.º), que entrou no quadro graças ao ‘ranking’ protegido.
“Tinha outros jogadores bem mais complicados para apanhar na primeira ronda. Obviamente é um adversário perigoso, que esteve no top 100. Embora não jogue há algum tempo, vai ser um jogo perigoso. Este torneio é diferente de todos os outros. Acredito que seja mais um ambiente de Taça Davis do que de um torneio ATP. Acredito que ele vá ter muitos australianos a apoiá-lo e isso, muitas vezes, faz com que os jogadores subam de nível e isso pode-se tornar perigoso”, analisou.
No entanto, se jogar a bom nível, o número dois nacional sabe que terá uma boa oportunidade de seguir em frente.
“A minha meta para o torneio não é uma meta, é um sonho, que seria a medalha. A este nível é muito difícil. Pode-se jogar muito bem e perder, portanto a minha meta vai ser dar o 100 por cento e lutar até ao final. Depois aí, as vitórias vão aparecer ou não. Esperemos que, pelo menos, ganhe algumas rondas”, confessou.
Gastão Elias, que na segunda-feira se tornou no terceiro melhor tenista nacional de sempre ao subir à 61.ª posição do 'ranking’, rejeitou as críticas feitas aos ‘courts’ do complexo, assegurando que está tudo impecável.
“Claro que nestes últimos dias estão a dar os últimos retoques, mas pareceu-me bastante bem. Nestes últimos dias, também treinámos com um bocadinho de vento e não foi fácil a adaptação. Mas hoje já foi bastante melhor, ate agora nada a reclamar”, prosseguiu, admitindo que está a adorar os campos e as condições encontradas.
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