O Chefe da Missão Portuguesa aos Jogos Olímpicos Londres2012 garantiu hoje que não perdeu tempo com a sugestão do secretário de Estado do Desporto para que João Rodrigues fosse porta-estandarte na cerimónia de abertura, quando Telma Monteiro já estava escolhida.
«A decisão já estava tomada e quando me deparei com isso, não quis despender um mínimo tempo nem de energia com essa questão, porque não há medalhas para porta-estandartes. É uma honra. É algo importante na nossa participação, mas não é fundamental. Não ia criar desgaste com isso», afirmou Mário Santos, em conferência de imprensa, na véspera da cerimónia de abertura.
O Comité Olímpico de Portugal, que pretendia anunciar o nome do porta-estandarte já em Londres, antecipou a relevação da nomeação da três vezes vice-campeã do Mundo de judo, depois de o nome do velejador, que vai para a sua sexta participação olímpica, ter sido apontado como uma possibilidade e de o próprio governante, Alexandre Mestre, ter manifestado a sua opinião numa carta.
«O único contacto que tive de fonte política foi numa carta tornada pública do secretário de Estado. Quando essa dita polémica se suscitou eu já tinha tomado a decisão. Obviamente o João Rodrigues era um atleta que tinha todo o mérito e legítimas expetativas em ser porta-estandarte», afirmou Mário Santos.
O responsável disse que não entendeu a sugestão como pressão e entendeu que «a carta não pretendia resposta», pois «era uma sensibilidade» da qual tomou nota.
Enaltecendo o «comportamento exemplar» de João Rodrigues, como qual conversou, disse que «é uma prerrogativa do Chefe de Missão escolher, dentro do critério dos atletas que chegam aos Jogos com uma prestação desportiva de referência», e que a opção de Telma Monteiro se baseou nisso, embora houvesse outros, nomeadamente alguns medalhados ausentes, que poderiam ter sido escolhidos.
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