A participação nos Jogos Olímpicos é dos momentos mais marcantes na carreira de um atleta, desde os estreantes em Londres2012, como Patrícia Mamona, aos mais veteranos, como Luís Feiteira, que regressa após uma já distante participação em 1996.
Mesmo para quem fez boa figura há quatro anos em Pequim2008, como Ana Cabecinha - então oitava, nos 20 km marcha - estar mais uma vez nos Jogos é um prazer sem paralelo em outras competições, mesmo campeonatos do Mundo.
«As minhas expectativas são dar o meu melhor e entrar de novo no ‘top-10’, isso seria maravilhoso», disse hoje à agência Lusa Ana Cabecinha, a marchadora que "riscou" Susana Feitor da lista de recordes.
Finalista em Pequim - melhor só o ouro de Nélson Évora -, concentra atenções especiais por isso mesmo, no grupo de 24 lusos para Londres, garantindo que está de novo bem: «a partir do momento que não temos lesões, conseguimos treinar com o corpo e com a mente, sinto-me muito feliz por estar a treinar assim».
«Fisicamente sinto-me muito bem, já com ansiedade para partir, apesar de faltarem três semanas para a minha prova", acrescenta. "Espero representar bem Portugal nos Jogos, e superar-me, como há quatro anos».
Entre os "rookies" para Londres está Patrícia Mamona, que chega com o estatuto de vice-campeã da Europa.
«O meu objetivo é fazer uma boa marca e bater o recorde pessoal, que também é recorde nacional», começa por dizer a atleta, que estuda nos Estados Unidos mas decidiu fazer uma pausa no curso de Medicina para viver mais intensamente a «aventura olímpica».
De acordo com Patrícia Mamona, «a preparação tem corrido bem».
«Tenho carregado um bocadinho no treino e agora é aproveitar a forma e chegar lá e saltar muito. Em grandes competições é onde me sinto bem e me supero», confessa.
Depois dos Jogos, regressa aos Estados Unidos, para terminar mais um semestre escolar, mas depois regressa à Europa, para durante um ano se «dedicar um bocadinho mais aos treinos e ao atletismo», antes de «decidir o seu futuro».
Invulgar é o percurso de Luís Feiteira, olímpico em 1.500 metros em Atlanta96, que só volta ao palco olímpico volvidos 16 anos, já na maratona.
«É um marco que eu pensei sempre que poderia atingir de novo. Sou teimoso comigo mesmo, não quis baixar os braços quando as coisas não corriam tão bem e isso é a prova disso», diz Feiteira, que entretanto «colecionou» presenças em Mundiais, Europeus e grandes maratonas comerciais.
Apesar de toda a experiência, reforça que «nada há como os Jogos Olímpicos».
«Venha o primeiro que diga que é mais uma competição. Não é. É diferente de todas as outras e deixa marcas a vários níveis», frisou.
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