Logo após a conquista do ouro no triplo salto e uma volta ao estádio olímpico enrolado numa bandeira portuguesa, Pedro Pablo Pichardo falou à RTP onde proferiu as primeiras declarações como campeão olímpico.
As imagens da final que deu o ouro a Pablo Pichardo
Mesmo com o título, o português não precia muito feliz. Faltou alcançar outro objetivo, além do ouro
"Eu acho que não há limites. 17.98. Estou mais feliz. Sou campeão olímpico. Queria ultrapassar os 18 metros e ser o primeiro português a fazê-lo. O que tínhamos planeado era saltar 18.40. Era essa a marca que estávamos à espera. Mas durante o aquecimento comecei a ser alguma dor, mas consegui fazer este salto e levar a vitória para o país. Quero dizer muito obrigado a todos, pela forma como me receberam desde o primeiro dia que cheguei a Portugal", começou por dizer.
Na cabeça de Pichardo passa a estar outro objetivo: bater o recorde do Mundo, que perdura há mais de 20 anos, na posse de Jonathan Edwards, com 18.29 m
"É isso que tenho na minha cabeça e vou fazer o máximo para bater esse recorde. É o concretizar de um sonho de miúdo. Qualquer um sonha em ser campeão olímpico", atirou. Sonhar alto é isto. E há talento para lá chegar.
Pedro Pablo Pichardo conquistou hoje a medalha de ouro na prova do triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, com novo recorde nacional, elevando para quatro o número de medalhas obtidas por atletas portugueses, o melhor resultado de sempre.
Pichardo venceu o concurso com um salto de 17,98 metros, conquistando a primeira medalha de ouro para Portugal em Tóquio2020, depois da de prata de Patrícia Mamona na prova feminina do triplo salto e das de bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg) e do canoísta Fernando Pimenta (K1 1.000).
Portugal superou os resultados alcançados em Los Angeles1984 e Atenas2004, edições em que subiu três vezes ao pódio, passando a totalizar 28 medalhas em Jogos Olímpicos (cinco de ouro, nove de prata e 14 de bronze), 12 das quais no atletismo, modalidade que proporcionou também os cinco títulos olímpicos.
O atleta natural de Cuba, de 28 anos, efetuou o seu melhor salto, de 17,98 metros, à terceira tentativa, e bateu o seu o recorde nacional por três centímetros, impondo-se ao chinês Yaming Zhu, com 17,57, e ao burquinense Fabrice Zango, com 17,47, que conquistaram as medalhas de prata e de bronze, respetivamente.
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