O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, afirmou hoje que os Jogos Olímpicos de Tóquio2020 foram adiados para 2021 como uma forma de “proteger vidas”, devido à pandemia da Covid-19.
“As consequências financeiras do adiamento não foram discutidas e não são a prioridade. Isto (adiamento) é para proteger vidas”, afirmou Thomas Bach, numa conferência de imprensa efetuada através de videoconferência com vários meios de comunicação.
O dirigente máximo do COI explicou que as novas datas serão brevemente “discutidas pela Comissão de Coordenação e pelo Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio”, embora tudo aponte que a competição se realize, no máximo, até ao verão do próximo ano.
“É um desafio sem precedentes. Para o movimento olímpico e para toda a humanidade. Nunca vimos um vírus se espalhar por todo o mundo. Que os próximos Jogos sirvam para comemorar que a humanidade superou esta crise”, disse Bach.
O presidente do COI lembrou que os Jogos Olímpicos são “um dos eventos mais complicados de organizar em todo o planeta” e deixou ainda uma palavra aos países afetados pelo novo coronavírus.
“Estamos a sofrer todos juntos”, concluiu o antigo campeão olímpico de esgrima, de 66 anos.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia de covid-19, anunciaram hoje o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.
“Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”, lê-se no comunicado.
Esta decisão foi, de acordo com o mesmo documento, tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
Em Portugal, há 30 mortos e 2.362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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