O comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 recebeu hoje em Atenas a chama olímpica, numa cerimónia realizada à porta fechada, devido à pandemia da Covid-19, no estádio Panatenaico, berço da competição, em 1896.
Na cerimónia participaram apenas o presidente do Comité Olímpico da Grécia, Spyros Kapralos, os portadores da chama e uma pequena delegação do país anfitrião da próxima edição dos Jogos Olímpicos, que estão agendados para o período entre 24 de julho e 09 de agosto.
O grego Lefteris Petrounias, campeão olímpico nas argolas, correu com a chama pelo estádio, entregando-a à compatriota Katerina Stefanidi, campeã olímpica do salto com vara, que, cumprindo a tradição, acendeu uma pira.
A chama foi de seguida entregue de forma solene à representante nipónica, a antiga nadadora Naoko Imoto, tendo depois sido colocada num recipiente próprio para ser transportada para o Japão.
Em comunicado, a nova presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, desejou que a “chama do olimpismo seja uma oportunidade para estreitar os laços entre os dois países” e manifestou a esperança de que “o espírito da chama ajude todos a derrotar o atual inimigo [coronavírus]”.
Através de um vídeo, o presidente do comité organizador dos Jogos Tóquio2020, Yoshiro Mori, agradeceu à Grécia “a celebração da cerimónia, apesar das dificuldades atuais”, e anunciou que a chama olímpica percorrerá o Japão durante 121 dias.
A pandemia da Covid-19 tem levado ao cancelamento de inúmeros eventos desportivos, mas o comité organizador dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 continua a garantir que os dois eventos, agendados para os meses de julho, agosto e setembro, vão realizar-se.
O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 173 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de hoje, a Direção-Geral da Saúde elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
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