A seleção júnior masculina de andebol de Angola, que disputa na Bósnia Herzegovina o Mundial da categoria, está com imensas dificuldades para manter o ritmo competitivo nos três jogos e ainda só somou derrotas.
Na quarta-feira a derrota foi frente à poderosa Dinamarca, por 18-31, com os desnivelados 9-16 na etapa inicial do encontro realizado no pavilhão Borik, em Banja Luka, sede do grupo A do evento.
Todos os jogadores convergem num ponto de vista da análise ao seu desempenho: os adversários têm mais experiência em alta competição e isso afeta mais cedo ou mais tarde. «Temos criado dificuldades aos adversários, mas isso só não basta. Queremos ganhar, só que está muito complicado. Os adversários estão com mais ritmo que nós, temos tentado fazer o máximo possível».
«Erramos mais e estamos a pagar por isso. Com mais trabalho e jogos de alto nível podemos estar em breve no mesmo patamar que qualquer equipa presente», admitiu Cláudio Lopes, ponta esquerda.
Por sua vez, Henriques Cassange, lateral esquerdo do “sete” nacional, sublinhou que se regista um défice na finalização, embora acredite que a maior fraqueza angolana está na falta de concentração. «Está difícil acertar. Podemos estar 10 ou 20 minutos muito bem, mas de repente a equipa quebra. Na defesa estamos melhor, conseguimos fechar bem. Falta acertar no ataque», acrescentou o andebolista da Marinha de Guerra de Angola.
Sem fugir muito da linha de pensamento dos outros andebolistas, o ponta direito Adelino Pestana “Amarelo”, autor de cinco golos frente aos dinamarqueses, foi mais fundo na questão da falta de ritmo competitivo.
«Possuímos muitas debilidades e estamos a sentir aqui. Os nacionais e provinciais são insuficientes para conseguirmos chegar ao mesmo nível com estas seleções que estamos a defrontar», reforçou.
Em dia descolorido, em que saiu em branco apesar de duas tentativas falhadas na baliza contrária, Adilson Maneco assumiu ter falhado muito, mas confessa que a intenção sempre foi marcar. «Não foi de propósito, porém queremos competir mais em torneios de relevo mundial», disse.
Há dois dias, o selecionador Filipe Cruz manifestou-se preocupado com a débil competitividade no país e sugeriu mais ações para proporcionar aos andebolistas maior intercâmbio desportivo em grandes palcos.
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