Maria João Cascais foi nomeada, “em regime de substituição”, para exercer as funções de presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), com o Governo a abrir também o procedimento concursal para o cargo.

“Dado o impreterível interesse público à luz dos princípios constitucionais e legais e no quadro de assegurar o funcionamento regular da ADoP, torna-se imperioso a designação, em regime de substituição, do presidente da ADoP. Assim, é designada, em regime de substituição, Maria João Coelho de Melo Cascais”, lê-se em despacho publicado na terça-feira em Diário da República.

O despacho, assinado pelo secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, produz efeito desde 03 de abril. Nele, destaca-se “a competência técnica, a aptidão, a experiência profissional e o perfil académico adequados” ao exercício do cargo de Maria João Cascais

Doutorada em medicina, com especialidade em bioquímica, e mestre em patologia química e medicina desportiva, a médica de 67 anos tem uma vasta experiência na antidopagem em Portugal, tendo presidido à Comissão de Autorização Terapêutica da ADoP desde 2014.

Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva entre 2020 e 2025, Maria João Cascais foi chefe da missão médica aos Jogos Olímpicos Rio2016 e presidente da Comissão médica do Comité Olímpico de Portugal entre 2013 e este ano.

O diretor executivo António Júlio Nunes tinha assumido interinamente o funcionamento da ADoP após a saída de Manuel Brito, que se reformou em 01 de março.

“Determino ainda o início dos procedimentos, visando a abertura de procedimento concursal para o cargo de presidente da ADoP”, indica Pedro Dias no despacho.