Armando Aldegalega, atleta que representou Portugal por duas vezes nos Jogos Olímpicos, apresentou hoje o livro biográfico “Uma Vida a Correr por Paixão” e afirmou que vai continuar a correr até que as pernas o deixem.
Da autoria de José Man, o livro que testemunha algumas histórias da vida de Armando Aldegalega foi apresentado na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, perante uma plateia cheia de amigos, como os campeões olímpicos Carlos Lopes e Rosa Mota.
“O José Man disse que queria fazer um livro sobre a minha história e passámos juntos muitas horas. É um trabalho maravilhoso e estou muito grato. Vou continuar a correr até que as pernas me deixem”, assumiu Aldegalega que, aos 85 anos, ainda está em atividade.
O atleta continua a participar e a impressionar em várias provas de atletismo e, no seu discurso, não deixou de agradecer ao Sporting, o clube de sempre.
“Sem Sporting, não havia Armando Aldegalega. Deram-me todas as condições para poder singrar na vida”, frisou.
O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, deixou igualmente algumas palavras acerca de Armando Aldegalega, durante a apresentação do seu livro, onde considerou que o seu “caráter e personalidade superaram a sua estatura” física.
“Correu milhares de provas, ganhou centenas de medalhas e foi campeão nacional da maratona muitas vezes. Nunca ganhou nenhuma das medalhas que ficam na história, mas ganhou a medalha mais importante, a medalha de homem-cidadão”, manifestou.
Em 1962, Armando Aldegalega foi o primeiro luso a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, em Madrid, e esteve por duas ocasiões em Jogos Olímpicos, em Tóquio, em 1964, e em Munique, em 1972, bem como em campeonatos europeus, participando na maratona.
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