O português Miguel Moreira terminou hoje em 12.º nos 3.000 metros dos Europeus de atletismo em pista curta Apeldoorn2025, numa final vencida pelo norueguês Jakob Ingebrigtsen, que somou a sua sétima medalha de ouro continental 'indoor'.

O atleta do Benfica, de 24 anos, cumpriu as 15 voltas à pista da Arena Omnisport Apeldoorn, nos Países Baixos, em 07.59,90 minutos, a 11,53 segundos de Ingebrigtsen (07.48,37), que se sagrou tetracampeão da distância, com a terceira ‘dobradinha’ consecutiva nos 1.500 e nos 3.000.

Aos 24 anos, o campeão olímpico dos 5.000 metros igualou o recorde de sete medalhas de ouro em Europeus ‘indoor’, desde 1977 na posse do velocista russo Valeriy Borzov (seis nos 60 metros e um nos 50).

Na final de hoje, tal como nos Europeus ao ar livre Roma2024, o britânico George Mills terminou na segunda posição (07.49,41), então também atrás de Ingebrigtsen, que já tinha batido, na final dos 1.500 de Apeldoorn2025 o francês Azzedine Habz (07.50,48).

O meio-fundista do Benfica qualificou-se para a corrida decisiva, na sua estreia em grandes competições, com a ambição de, hoje, na final, bater o recorde nacional, na posse de Rui Silva, desde 06 de fevereiro de 2000, ano em que foi segundo em Gent2000, ainda a melhor classificação portuguesa na distância.

"Esta prova tinha duas possibilidades, andava que me fartava ou ia ser tática. Ao fim de 400 metros percebi que o ritmo estava muito lento e, por isso, tentei chegar-me mais à frente, para os obrigar a andar mais rápido, porque eu poderia ter mais vantagem nisso, resultou um bocado, mas não foi suficiente e, a faltar um quilómetro, fizeram uma mudança muito rápida que eu não consegui acompanhar", reconheceu.

Miguel Moreira passou na frente da corrida, completando a segunda volta no segundo lugar e seguindo na dianteira, até aos 1.200, quando foi relegado para a 'cauda' do pelotão.

"Lutei entre os melhores, entrei numa realidade diferente e vou usar isso para me motivar mais para os treinos, porque, para a próxima, certamente vou estar melhor", prometeu.

O balanço para a sua primeira vez acaba por ser positivo, apesar de ter terminado a final no indesejado 12.º e último lugar.

"O dia de ontem [sábado] foi muito positivo, porque garanti a passagem para hoje e fiquei feliz com o que consegui ontem. Hoje saio daqui triste, ser último era a última coisa que eu pensava ficar", lamentou, prometendo corrigir os erros para melhorar o seu recorde pessoal, fixado em 07.41,56, já este ano.

A melhor classificação nacional na distância em Europeus sob telha é o segundo lugar em Gent2000 de Rui Silva, que detém ainda o recorde nacional (07.39,44, também desde 2000).