O presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia, anunciou hoje que a sétima edição da Maratona de Lisboa já conta mais de 6.000 inscritos, mas ambiciona atingir no futuro a fasquia dos 10.000 participantes.
Na apresentação da Maratona de Lisboa – que liga os concelhos de Cascais, Oeiras e Lisboa - e da Meia Maratona - com início na Ponte Vasco da Gama -, o responsável pela organização do evento de 20 de outubro admitiu que a corrida de 42 quilómetros terá de aumentar os níveis de adesão para poder elevar o cartaz de atletas estrangeiros convidados.
“Penso que a Maratona devia chegar aos 10 mil, seria um número simpático para ser uma maratona. Não é fácil, há muitas maratonas, mas penso que todo este trabalho que estamos a fazer com as ‘SuperHalfs’ – o conjunto das cinco melhores meias maratonas do mundo que começa no próximo ano – vai ajudar a trazer mais gente a Portugal”, afirmou, acrescentando: “Não acredito que seja já no próximo ano, mas acredito que, degrau a degrau, vamos atingir”.
Carlos Móia acentuou, ainda assim, o facto de já estarem garantidos para a maratona de 20 de outubro aproximadamente “4.000 estrangeiros inscritos”, enquanto a meia maratona que percorre a Ponte Vasco da Gama no mesmo dia conta, para já, com cerca de “3.000 inscritos”.
Sobre o desejo de reconquistar o recorde do mundo da meia maratona para Lisboa - que pertenceu à corrida que percorre a Ponte 25 de Abril no mês de março entre 2010 e 2018 -, e que este domingo foi alcançado em Copenhaga pelo queniano Geoffrey Kamworor, o líder do Maratona Clube de Portugal ‘jogou à defesa’, mas reconheceu que “é fantástico” como lançamento para a nova série de ‘meias’ que vai integrar a partir de 2020 as cidades de Lisboa, Copenhaga, Cardiff, Praga e Valência.
“Todos os dias aparecem novos atletas, principalmente africanos, que, do nada, aparecem a bater recordes do mundo. Os melhores vão estar presentes: atletas com pódios em Nova Iorque, Boston, Pequim, Londres, etc. Na meia maratona temos um lote excelente e na maratona ainda não é aquilo que sonho, mas temos de ir para os 10.000 inscritos para termos mais dinheiro para convidar”, frisou.
No mesmo sentido, Carlos Móia enfatizou a necessidade de “fazer um percurso mais rápido” para ir ao encontro dos interesses dos atletas, embora tenha já admitido que “não é fácil encontrar um trajeto” novo.
Entre os principais candidatos à vitória na maratona de Lisboa destacam-se os nomes do queniano Samuel Wanjiku, vencedor da edição de 2014, e a compatriota Eunice Jeptoo, que conquistou em 2017 a maratona de Eindhoven.
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