O Secretário-Geral da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol veio colocar "água na fervura" sobre a utilização de jogadores profissionais no campeonato de basquetebol de Cabo Verde. Em entrevista exclusiva ao SAPO Desporto, Filomeno Costa explicou o calendário do nacional de basquetebol e a utilização de atletas profissionais.
Filomeno Costa não percebe todo o alarido à volta da utilização de jogadores profissionais no campeonato cabo-verdiano de basquetebol. O Secretário-Geral da FCBB lembra que «os regulamentos permitem a inscrição de até dois atletas, 48 horas antes dos jogos, desde que a associação onde o clube está inserido não coloque entraves». Ou seja, isto é um tema que não está nas mãos da Federação mas sim dos clubes e das associações», afirmou.
Meno Costa lembrou que este é um expediente usado por vários clubes, há muito tempo, sempre que atuam no campeonato nacional. E diz ser a favor, desde que seja para beneficiar o espetáculo: «Eu não sou contra a utilização de jogadores que sejam profissionais noutros países. Mas tem de haver um limite e penso que dois é o máximo que se pode permitir. É algo que leva mais gente aos pavilhões, porque são atletas que trazem mais qualidade e o basquetebol enquanto espetáculo, fica a ganhar», lembra Meno Costa.
Mas se as associações quiserem que se mude as regras, «é só marcarem uma assembleia e discutirem o assunto que a federação está disponível para fazer as alterações que forem necesssárias», disse Meno Costa. Além do Bairro que fez alinhar os irmãos Ivan e Joel Almeida, profissionais em Angola e Portugal, o Seven Stars e o ABC também recorreram a jogadores profissionais. Algo que clubes de São Vicente como o Cruzeiros já fizeram no passado, explica Meno Costa.
Ainda sobre o campeonato, o Secretário-Geral da Federação Cabo-verdiana explicou porque o Bairro não disputou qualquer jogo na fase regular: «O Bairro era para jogar com o Preguiça. Mas uma avaria no avião dos TACV que ia levar a comitiva de Santiago para o Sal não permitiu que o Bairro chegasse a tempo, logo não fez esse encontro com o Preguiça, que seria meramente para cumprir calendário, uma vez que ambas as formações já estavam apuradas para as meias-finais, independentemente do resultado», explicou ao SAPO Desporto.
O Bairro foi o vencedor do campeonato cabo-verdiano de basquetebol, ao derrotar a Preguiça do Sal por 89-80, na final disputada na ilha do Sal.
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