A Associação Internacional de Boxe (IBA) ficará mais uma vez de fora da organização do seu próprio torneio nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, como já tinha ocorrido nos Jogos de 2020 em Tóquio. A decisão foi tomada na sexta-feira pelo Comité Olímpico Internacional.
"No interesse dos atletas e da comunidade do boxe", as classificações e provas olímpicas "não serão realizadas sob a autoridade da IBA", disse aos jornalistas Kit McConnell, Diretor de Desportos do COI.
A organização olímpica continua "muito preocupada", como há três anos, "com a gestão, o sistema de arbitragem e as finanças" da instância não governamental do boxe, explicou McConnell.
A recente reeleição do presidente da IBA, o russo Umar Kremlev, foi contestada pelo Tribunal Arbitral do Desporto, e o COI está ainda mais preocupado com a "dependência financeira" da federação internacional de boxe em relação à gigante russa de gás Gazprom.
Em maio de 2019, a IBA (então chamada AIBA) tornou-se na primeira federação internacional privada de organizar o seu próprio desporto nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
A preparação das competições foi confiada a um grupo de trabalho presidido pelo japonês Morinari Watanabe, membro do COI e presidente da Federação Internacional de Ginástica.
Esse comité "garantiu condições de competição justas e equitativas", afirma o COI, enquanto vários torneios olímpicos de boxe foram marcados no passado por suspeitas de corrupção de juízes e árbitros, desde os Jogos de 2004 em Atenas até os do Rio de Janeiro em 2016.
Embora o boxe esteja garantido na programação de Paris-2024, a sua presença nos Jogos de 2028 em Los Angeles ainda não foi decidida.
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