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Lance Armstrong assumiu publicamente, em janeiro de 2013, ter recorrido a substâncias ilegais durante a sua carreira, depois de uma década a negá-lo.
O norte-americano Lance Armstrong teve quatro controlos antidoping positivos na Volta a França de 1999, e não apenas um, como se julgava, revela hoje o jornal belga Het Nieuwsblad, citando um memorando da União Ciclista Internacional (UCI).
Desapossado dos seus sete triunfos no Tour por recurso sistemático ao doping, já publicamente assumido, o ex-ciclista teve quatro análises que acusaram a presença de corticosteroides positivas, nos dias 4, 14, 15 e 21 de julho.
No ano em que venceu a Volta a França pela primeira vez, Armstrong apresentou uma justificação médica para a utilização de uma pomada com corticosteroides para reduzir os efeitos do muito tempo sentado no selim. No entanto, quando confessou o recurso ao doping, o texano admitiu que a respetiva justificação, com a conivência do médico espanhol Luis Garcia Del Moral, era falsa.
O memorando interno da UCI, elaborado pelo advogado Philippe Verbiest, enumera os resultados de 12 controlos a que Armstrong foi submetido durante a prova e concluiu que a UCI agiu de boa-fé, uma vez que as quantidades detetadas eram mínimas, embora suficientemente grandes para que o teste não fosse considerado negativo. O organismo considerou então que "provavelmente era mesmo medicação e não uso sistemático proibido".
Lance Armstrong assumiu publicamente, em janeiro de 2013, ter recorrido a substâncias ilegais durante a sua carreira, depois de uma década a negá-lo.
A confissão surgiu na sequência da divulgação de um relatório da Agência Antidoping dos Estados Unidos, que o acusou de estar envolvido no sistema de dopagem mais sofisticado da história do desporto, levando posteriormente a UCI a irradiá-lo e a anular todos os seus resultados entre 1998 e 2005.
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