O Comité Olímpico Internacional (COI) pediu hoje a Lance Armstrong que colabore com as autoridades antidopagem, depois de o ex-ciclista ter confessado o uso de substâncias proibidas ao longo de toda a sua carreira.
«Pedimos a Armstrong que apresente todas as provas às autoridades antidopagem competentes, para que possamos pôr fim a este episódio obscuro e podermos seguir em frente, mais fortes e mais limpos», lê-se num comunicado do COI.
No mesmo documento, o organismo diz que «não há ligar para o doping no desporto», além de condenar «as ações de Lance Armstrong e de todos aqueles que tentam ter uma vantagem injusta sobre os seus adversários através do consumo de substâncias» proibidas.
O COI, que na quarta-feira pediu a Lance Armstrong que devolvesse a medalha de bronze conquistada na prova de contrarrelógio dos Jogos de Sydney, em 2000, considerou que este «é um dia triste para o desporto», mas do qual se pode fazer uma leitura positiva.
«Se estas revelações servirem para pôr um ponto final neste tipo de práticas, conseguimos algo de postivo», refere o organismo internacional, que tem agora a «firme esperança que todas as partes implicadas tirem as dividas ilações e continuem a tomar as medidas necessárias para garantir condições justas de competição».
O COI destacou ainda a importância dos atuais métodos de controlo antidoping, como os passaportes biológicos ou os controlos surpresa, tanto dentro como fora de competição.
Numa entrevista à apresentadora de televisão Oprah Winfrey, emitida na quinta-feira nos Estados Unidos, Lance Armstrong admitiu pela primeira vez que se dopou.
Lance Armstrong venceu, entre 1999 e 2005, sete edições consecutivas da Volta a França, a principal competição velocipédica do mundo, mas as mesmas foram-lhe retiradas pela União Ciclista Internacional (UCI), na sequência de um inquérito da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA).
As conclusões apontavam para o recurso de doping, que sempre negara, ao longo de quase toda a carreira e, por isso, o seu palmarés desde 01 de agosto de 1998 foi «apagado», sendo que na quinta-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) também exigiu a Lance a devolução do bronze conquistado em 2000.
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