O diretor da Volta a Espanha, que foi hoje adiada para o outono, congratulou a União Ciclista Internacional (UCI) pela celeridade na reorganização do calendário e disse esperar a definição das datas da prova antes de 15 de maio.

“Agradeço ao Tour e à UCI pela celeridade na hora de apresentar novas datas no calendário, desde que o Presidente [Emannuel] Macron anunciou que todos os eventos que implicassem uma grande concentração de pessoas ficariam suspensos até 15 de julho”, realçou Javier Guillén, em comunicado.

A Volta a França vai decorrer entre 29 de agosto e 20 de setembro, anunciou hoje a UCI, confirmando que a Volta a Itália e a Volta a Espanha serão agendadas depois dos Mundiais, previstos para setembro, na Suíça.

A necessidade de adiar o Tour, que iria originalmente decorrer entre 27 de junho e 19 de julho, tornou-se quase uma certeza no início desta semana, quando o Governo francês proibiu a realização de eventos de massas até meados de julho, devido à pandemia de covid-19.

No mesmo comunicado, a UCI dá conta de um novo prolongamento da suspensão do calendário velocipédico para todas as provas até 01 de julho e para as provas o WorldTour até 01 de agosto.

“Já podemos delinear o resto das datas para as corridas até ao final do ano. Devemos ‘mover-nos’ todos, não tem qualquer sentido manter a Vuelta nas mesmas datas do Tour. Após o Tour, será disputado o Giro e depois a Vuelta, já durante o outono”, confirmou o diretor da prova espanhola, que irá realizar-se entre 14 de agosto e 06 de setembro.

Guillén ressalvou que, “embora ainda não existam datas exatas para o início e o final do Giro e da Vuelta”, já se iniciaram conversas entre todos os atores do ciclismo para encontrar um novo lugar no calendário para as outras duas Grandes Voltas.

“Ainda não há datas, mas o panorama ficou claro. Espero que o calendário velocipédico fique resolvido antes de 15 de maio”, data limite apontada pela UCI para anunciar a época reformulada, completou o diretor da prova espanhola.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus, detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (26.059) e mais casos de infeção confirmados (609.516).

Seguem-se Itália (21.067 mortos, em 162.488 casos), Espanha (18.579 mortos, 177.633 casos), França (15.729 mortos, 143.303 casos) e Reino Unido (12.107 mortos, 93.873 casos).