A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) assumiu-se hoje “profundamente consternada” com a morte de Alves Barbosa, aos 86 anos, enaltecendo-o como “uma das maiores figuras da história” da modalidade no país.
“Alves Barbosa é uma das maiores figuras da história do ciclismo português, tendo granjeado prestígio enquanto corredor – um dos melhores de sempre -, mas também como treinador e como dirigente”, lê-se no comunicado da FPC.
O antigo ciclista, que ao longo da carreira apenas representou o Sangalhos, venceu as edições de 1951, 1956 e 1958 da Volta a Portugal e terminou no 10.º lugar a Volta a França de 1956, então ao serviço da seleção do Luxemburgo.
“Lamento imenso esta perda e tenho pena que não esteja vivo para acompanhar a celebração dos 120 anos da FPC, que acontecerá ao longo do próximo ano. Alves Barbosa foi uma das maiores referências do ciclismo português e uma pessoa admirável”, afirmou o presidente federativo, Delmino Pereira, citado no mesmo comunicado.
Artur Lopes, antigo presidente da FPC e atual líder da Mesa da Assembleia Geral do organismo, também recordou Alves Barbosa, equiparando-o a Joaquim Agostinho.
“Recordo-me, de quando era miúdo, ir ver o Circuito da Malveira com o meu pai e de olhar para o Alves Barbosa como se fosse um Deus. Ele tinha um nível de popularidade que, se calhar, nem o Agostinho conseguiu. Tenho pelo Alves Barbosa um imenso respeito e é o sentimento que todos lhe devemos”, referiu Artur Lopes.
Alves Barbosa nasceu em Vila Verde, Figueira da Foz, em 1931, e morreu hoje no Hospital distrital da Figueira da Foz, onde estava internado, devido a problemas respiratórios e cardíacos.
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