O procurador judicial de Rimini negou hoje que haja provas de homicídio na investigação à morte do antigo ciclista italiano Marco Pantani, há dez anos.
“Até agora não surgiu nenhuma prova que sugira homicídio”, afirmou Paolo Giovagnoli, citado por meios de comunicação italianos.
Oficialmente, Pantani, vencedor das voltas a Itália e França em 1998, morreu de ataque cardíaco na sequência de uma “overdose” de cocaína, no hotel Le Rose, em Rimini, durante a noite de 14 de fevereiro de 2004.
Em agosto último, foi reaberta uma investigação pela procuradoria de Rimini, depois de o advogado da família do antigo corredor, Antonio De Rensis, ter acrescentado novas evidências à morte de Pantani.
O médico-legista Franco Tagliaro, num documento enviado à AFP, frisou na segunda-feira que Pantani não foi agredido antes de morrer, atribuindo o sucedido a “uma mistura de medicamentos e cocaína”.
A tese defendida por Tagliaro, de morte devido ao uso excessivo e abusivo de drogas, corrobora a apresentada pelo jornalista Andrea Rossini [no livro "Delito Pantani: Último quilómetro (segredos e mentiras)"], que concluiu que Pantani morreu devido a cocaína, desespero e solidão.
Uma outra corrente reaprecia um eventual delito por “fraude desportiva”, tendo em conta a exclusão de Pantani do Giro, em 05 de junho de 1999, devido a uma análise que revelou um hematócrito anormal, quando faltava apenas um dia para o final da prova
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