O ciclista português Ruben Guerreiro (Movistar) voltou hoje à competição, depois de estar de fora por lesão desde março, com um 37.º lugar na primeira etapa do Tour de l’Ain.

Sem competir desde o Grande Prémio Miguel Induráin, em 30 de março, o português chegou integrado no pelotão de uma tirada disputada ao sprint, após 137,3 quilómetros entre Lais e Bourg-en-Bresse, ganha pelo australiano Fergus Browning (Trinity Racing).

Uma queda no Miguel Induráin provocou-lhe uma luxação no cotovelo, primeiro, mas o estágio na Serra Nevada, antes da Volta a Itália, fê-lo descobrir “uma forte dor nas costas, na zona da lombar e na cervical”, sendo-lhe detetadas duas hérnias nas costas.

O ciclista de Pegões Velhos (Montijo), de 29 anos, tinha somado resultados de relevo nas provas desta temporada, como o oitavo lugar n’O Gran Camiño, o nono na Clássica da Figueira, o 14.º no Tour Down Under e o 21.º no Paris-Nice, tendo mesmo concluído o GP Miguel Induráin na 23.ª posição, apesar da queda.

“Era uma dor realmente muito forte. Depois de exames feitos, foram detetadas duas hérnias. Os especialistas dizem que foi devido às várias quedas dos últimos anos”, explicou.

O vencedor da montanha, e de uma etapa, na Volta a Itália de 2020, a cumprir o segundo ano na formação espanhola, mostrava-se, em maio, desanimado numa entrevista à Lusa, sentindo “o ano em risco e a carreira também”, por ser “difícil parar tanto tempo”.

Campeão nacional de fundo em 2017, vencedor da Volta à Arábia Saudita no ano passado e da edição de 2022 do Mont Ventoux Dénivelé Challenge, Guerreiro estava entre os pré-selecionados de Portugal para os Jogos Olímpicos Paris2024, que vai falhar.

No domingo, a segunda de três etapas do Tour de l’Ain traz a montanha no traçado, com 155,3 quilómetros entre Saint-Vulbas e Lélex Monts-Jura.