O ciclista português Nelson Oliveira (Movistar) caiu hoje durante a primeira etapa da 107.ª Volta a França, mas disse não ter sido “nada de grave”, assumindo que este foi “um dia de salvação”.
“Fui ao chão, mas [não foi] nada de grave. A estrada estava bastante perigosa por causa da chuva. Foi um dia de salvação”, resumiu, em declarações à agência Lusa, o único representante português na edição que hoje arrancou em Nice.
Numa jornada marcada pela chuva e por inúmeras quedas, Nelson Oliveira admite que os sobressaltos vividos pelo pelotão poderiam ter sido “um pouco evitados” se a organização do Tour tivesse optado por um prólogo ou um contrarrelógio por equipas para a primeira etapa da 107.ª ‘Grande Boucle’.
“Mas eles não poderiam adivinhar que iria chover. Ainda assim, para uma primeira etapa do Tour, o percurso era perigoso e a chuva ainda o faz mais. Depois, está a tensão que há no pelotão por causa da camisola amarela para os ‘sprinters’. Portanto, acaba por ser normal”, analisou.
O português da Movistar iniciou a sua quinta participação na Volta a França com um 78.º lugar, no final dos 156 quilómetros entre Nice Moyen Pays e Nice, onde o norueguês Alexander Kristoff (UAE Emirates) se impôs ao campeão mundial, o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), segundo, e ao holandês Cees Bol (Sunweb), terceiro.
Apesar de ter chegado à meta com algum atraso, Nelson Oliveira foi creditado com as mesmas 03:46.23 horas do vencedor, uma vez que a organização decidiu parar o cronómetro a três quilómetros da meta, para evitar quedas.
Contudo, o português e grande parte dos seus colegas da Movistar perderam contacto com o grupo da frente precisamente a três quilómetros da meta, quando uma queda envolvendo vários ciclistas cortou o pelotão.
No domingo, Oliveira vai partir para a segunda etapa, uma ligação de 186 quilómetros entre Nice Haut Pays e Nice, que inclui duas contagens de montanha de primeira categoria e uma de segunda, a dez segundos do camisola amarela, Kristoff, na classificação geral individual.
AMG // PA
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