O ciclismo deu hoje uma surpresa a Nelson Oliveira, que procurou antecipar-se atacando antes da subida “muito íngreme” a San Luca, mas acabou por perder a segunda etapa da Volta a França para um mais forte Kévin Vauquelin.

“Correu mais ou menos como eu esperava. Não me importava de ganhar, é óbvio, mas não foi possível. Houve alguém mais forte”, começou por dizer à agência Lusa desde Bolonha, a cidade italiana onde foi sexto classificado, após andar uns 190 quilómetros em fuga.

Ainda não estavam decorridos 10 quilómetros dos 199,2 entre Cesenatico e Bolonha e já o experiente ciclista português da Movistar andava em fuga, na companhia de uma dezena de corredores, entre eles Kévin Vauquelin (Arkéa-B&B Hotels).

“A última subida [San Luca] não era como eu queria, ou seja, era muito íngreme para as minhas características. Tentei antecipar-me, porque sabia que havia outros corredores provavelmente mais fortes naquele tipo de subidas, mas infelizmente não consegui ir sozinho e o corredor que acabou por ir comigo, quando ataquei, foi o que ganhou”, descreveu.

A cumprir a 20.ª grande Volta, e oitavo ‘Tour’, o corredor de Vilarinho do Bairro (Anadia), de 35 anos, atacou na parte a rolar que se seguiu à primeira de duas ascensões a San Luca, entrando nos derradeiros 20 quilómetros na frente da corrida na companhia de Vauquelin e Jonas Abrahamsen (Uno-X), com o trio a ganhar rapidamente uma vantagem de 30 segundos para os seus companheiros de escapada.

No entanto, na contagem de terceira categoria, o jovem francês de 23 anos atacou e Oliveira não conseguiu segui-lo, cortando a meta na sexta posição, a 50 segundos.

“Voltaremos a tentar mais tarde. O plano inicial nem era eu estar na fuga, mas outros companheiros. Por vezes, o ciclismo dá-nos estas ‘surpresitas’ e temos de saber aproveitar a oportunidade. Ainda faltam 19 etapas, espero que haja outras oportunidades e seguiremos aqui dando luta”, prometeu ‘Nelsinho’.