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Pat McQuaid recusa demitir-se da presidência da União Ciclista Internacional, apesar das críticas.
O presidente da União Ciclista Internacional (UCI) chamou hoje «arrogante» a Greg LeMond, o único vencedor norte-americano da Volta a França, que se mostrou disponível para ser presidente interino da instituição.
«Greg foi um grande ciclista que eu conheço bem desde a época em que era organizador da Volta a Irlanda, na década de 80. Mas tenho de lhe perguntar o que fez pelo ciclismo nos últimos 25 anos?», questionou Pat McQuaid, dando de imediato a resposta: “nada”.
O presidente da federação internacional recordou, em entrevista à agência France Presse, que o triplo vencedor do Tour nada tem feito senão criticar, sem se envolver.
«Considero um pouco arrogante dizer que está preparada para ser presidente interino da UCI. A UCI é uma democracia, não é um sistema construído para se ser eleito. Se ele quiser, pode sempre pedir o apoio da sua federação nacional e apresentar-se em setembro próximo», defendeu.
Pat McQuaid, alvo de muitas críticas devido à ausência de ação durante o caso Armstrong, não pondera demitir-se.
«A maior parte das pessoas que pediram a minha demissão não estão implicadas no ciclismo. Na minha opinião, creio que não têm direito de o fazer. Aqueles que são parte integrante do ciclismo, aqueles com quem trabalho todos os dias sabem o que fiz como presidente», garantiu.
O irlandês acredita que o ciclismo está a sair da crise que atravessa desde que o norte-americano, sete vezes vencedor do Tour, foi condenado pelo envolvimento no esquema de dopagem “mais sofisticado” da história do desporto e que há vários fatores que comprovam que a modalidade evoluiu.
«Por um lado, decidimos constituir uma comissão independente para estudar o caso Armstrong. Por outro, estabelecemos contactos com várias entidades do ciclismo para discutir o futuro», apontou.
O presidente da UCI admitiu que, caso a comissão faça recomendações, a entidade vai pô-las em prática.
«Se disserem que a nossa atitude não é a adequada, nós tomaremos medidas para que não volte a acontecer o mesmo no futuro com uma grande estrela», concluiu.
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