O apoio do público português superou as expectativas de João Almeida, que acredita que o impacto da passagem da Volta a Espanha pelo país pode não só promover o ciclismo nacional, mas atrair novos patrocinadores para a modalidade.
“Faço um balanço positivo [das etapas portuguesas]. Um contrarrelógio bastante bom, em que fiquei bastante feliz com o resultado e com o esforço em si, e, depois, agora dois dias com apoio fenomenal. Sem palavras mesmo. Foi incrível e tem sido incrível sempre”, começou por dizer o português da UAE Emirates.
Melhor voltista nacional e esperança lusa pela lutar pela vitória final desta 79.ª Volta a Espanha, que acaba em 08 de setembro em Madrid, o ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) confessou que “já esperava muito público, muito apoio, mas de facto superou” as suas expectativas.
“Acho que é bom para o ciclismo português, acho que ajuda a promover o ciclismo em Portugal, e também a estimular um bocadinho, se calhar, algumas crianças para irem para o ciclismo, ou fazerem desporto no geral”, estimou.
Almeida acredita que o sucesso que a Vuelta teve no país também pode atrair patrocinadores “que conseguiram ver o impacto do ciclismo em Portugal” e perceber “que podem ter um bom retorno com isso”.
Depois de três etapas em solo nacional, a Vuelta ruma agora a Espanha, com a quarta tirada a ligar, ao longo de 170,5 quilómetros, Plasencia e ao Pico Villuercas, onde a meta coincide com uma contagem de montanha de primeira categoria.
“Para amanhã [terça-feira], não tenho muitas perspetivas. Vou dar o meu melhor, para tentar chegar na melhor posição possível”, disse.
No entanto, o nono classificado da geral, a 32 segundos do líder Wout van Aert (Visma-Lease a Bike), reconheceu que “as sensações não têm sido as melhores”.
“Não me tenho sentido muito bem na bicicleta, mas pronto, amanhã é outro dia, e certamente vou deixar tudo na estrada, e logo vemos como é que será o resultado final. Mas pronto, seja bom ou seja mau, darei tudo o que tenho, e o ciclismo tem também destas coisas, não é? É sempre um bocadinho imprevisível às vezes”, rematou o quarto classificado do Tour2024 e terceiro do Giro2023.
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