O português José Gonçalves, da Katusha Alpecin, admitiu hoje que a incerteza em torno do futuro da equipa russa de WorldTour “mexe um pouco” com os ciclistas, mas dá também motivação a “dar tudo” para mostrar resultados.
Segundo o português de 30 anos, a incerteza na formação russa, com licença suíça, tem de funcionar em favor dos ciclistas: “Também sabemos que se a equipa acabar temos de dar o nosso melhor para as outras equipas olharem para nós”, disse.
Em Viseu, à margem do arranque da 81.ª edição da Volta a Portugal, na qual participa o irmão, Domingos (Caja Rural-Seguros RGA), José Gonçalves, que participou na Volta a França pela primeira vez, defende que os corredores da Katusha devem “dar tudo na estrada para ter continuidade no ciclismo”, seja com a equipa atual ou noutra estrutura.
Para já, o calendário de José Gonçalves inclui a participação noutra ‘grande’, uma vez que está na lista para participar na Volta a Espanha, e antes tem já confirmada a participação na Clássica de San Sebastián, no sábado.
Na segunda-feira, o diretor da equipa, o português José Azevedo, admitiu à Lusa que as negociações para assegurar a continuidade da estrutura estão em curso, mas não há ainda “decisão nenhuma”.
À agência Lusa, José Azevedo disse não poder “entrar em detalhes”, mas revelou que “há possibilidades que existem” e que estão a ser trabalhadas por pessoas da sua equipa, mostrando-se esperançado de que as negociações “acabem de uma forma positiva”.
A notícia de que a Katusha Alpecin iria extinguir-se no final do ano, devido à debandada de patrocinadores – um deles a Alpecin -, foi avançada pelo L'Équipe durante a primeira semana da 106.ª Volta a França e prontamente desmentida pelo português, que qualififcou de “rumor” o cenário descrito pelo diário desportivo francês.
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