O português Rúben Guerreiro (Katusha-Alpecin) quer centrar o ano de 2019 nas clássicas de primavera, procurando “levantar os braços o mais rapidamente possível”, disse à agência Lusa, à margem da Volta ao Algarve em bicicleta.

Na ‘Algarvia’ para ganhar ritmo e “tentar disputar uma etapa”, com o foco na última etapa, hoje, na chegada ao alto do Malhão, depois de uma queda na primeira etapa ter afastado vários homens da Katusha-Alpecin da luta pela geral, entre eles José Gonçalves, Guerreiro quer “disputar todas as corridas com a maior ambição”.

Aos 24 anos, o campeão português de fundo em 2017 transferiu-se para a equipa suíça depois de duas temporadas na Trek-Segafredo, estando em bom plano nas duas provas já realizadas este ano, na Austrália.

A época arrancou no Tour Down Under, em que o luso acabou como segundo melhor na classificação da juventude e no oitavo lugar na geral individual, depois de dois ‘top 10’ em etapas.

Seguiu-se a Cadel Evans Great Ocean Race, outra corrida WorldTour, em que foi 15.º classificado, antes de chegar ao Algarve, em que é 39.º na geral à entrada para a última etapa, que culmina com a subida ao Malhão.

Apesar de se mostrar “aberto à estratégia da equipa” para a nova época, Ruben Guerreiro não esconde as boas sensações no início da época, em que encara “cada corrida com a máxima ambição, para tentar levantar os braços [vencer uma etapa] o mais rapidamente possível”.

“Acreditam em mim e sinto-me muito bem. (...) Depois do Algarve, vou correr a Strade Bianchi, que nunca fiz mas enquadra-se nas minhas características”, revelou o corredor natural do Montijo.

Além da estreia na prova toscana, com setores de terra batida ao longo de várias dezenas de quilómetros, nos planos está também uma possível participação no Tirreno Adriatico e na Volta ao País Basco, uma das favoritas do corredor, e em várias clássicas das Ardenas.

A aposta em clássicas e voltas de uma semana, é uma aposta. “Acho que tenho tido bons resultados, tenho feito também alguns ‘top 10’ em corridas de uma semana, e penso que é por aí”, atira.

Dependendo do decorrer da época, também correr “uma grande volta” pode acontecer, ainda que a Volta a Itália esteja “fora dos planos”, com a Katusha-Alpecin focada ainda nos primeiros meses da temporada.

Em 2018, Guerreiro fez mais de 10.000 quilómetros de estrada em competição, com destaque para um nono lugar no Tour Down Under, o quarto no Herald Sun Tour, ainda na Austrália, e o 20.º posto final na ‘Algarvia’, no arranque da época.

Acabou a Volta à Califórnia em 14.º, a Volta aos Fiordes em oitavo, antes de abandonar no Critérium du Dauphiné e nos Nacionais, em que não pôde defender a camisola de campeão português.

A segunda metade da época voltou a correr de feição, com um quarto lugar na Clássica da Bretanha, quinto na Primus Classic e sexto na Volta à Turquia, a fechar o ano de 2018.