Com três alterações na equipa titular em relação ao triunfo em Chaves, o Benfica de Rui Vitória apresentou-se em Nápoles com Júlio César, André Almeida e Carrillo no onze. Mitroglou foi a referência num ataque constituído por Pizzi, André Horta e André Carrillo. No meio campo, André Almeida regressou à titularidade no Benfica com o sérvio Fejsa e enquanto que na defesa Lisandro López e Lindelof fizeram parelha com Grimaldo e Nélson Semedo nas alas.

Com um arranque muito auspicioso, o Benfica, por intermédio de Kostas Mitroglou, desperdiçou duas grandes ocasiões de golo para se colocar na frente, numa fase inicial de jogo que lhe permitiria margem para 'segurar' o ambiente de Nápoles. Apesar da boa entrada do Benfica, o golo de Marek Hamsik aos 20 minutos permitiu ao Nápoles um cenário favorável para gerir o esforço e segurar vantagem até ao intervalo. No segundo tempo, uma entrada mais dura de Lisandro sobre Mertens colocou o belga à frente da baliza com a possibilidade de fazer o 2-0 de livre direto. E com uma execução técnica afinada dilatou a vantagem aos 51 minutos perante um Júlio César sem reação. Três minutos depois, o guardião brasileiro cometeu uma grande penalidade sobre Callejón e permitiu a Arkadiusz Milik fazer o 3-0 para o Nápoles.

A goleada chegou a pairar à sombra do Vesúvio quando uma saída em falso de Júlio César, aos 58 minutos, permitiu a Dries Mertens bisar na partida e fixar o 4-0. Já com Salvio em jogo desde o minuto 56, Rui Vitória lançou Gonçalo Guedes e tirou André Carrillo aos 67 minutos e o futebol do Benfica melhorou bastante com a velocidade de Gonçalo Guedes e a experiência objetiva de Salvio. As duas apostas de Rui Vitória no segundo tempo ainda conseguiram reduzir para 4-2 e mostrar que o resultado final poderia ter sido outro, ou não fosse o Nápoles ter diminuído de intensidade a partir do momento em que assegurou uma vantagem de quatro golos.

Momento-chave

O livre de Mertens no arranque da segunda parte colocava o Nápoles a vencer por 2-0 numa altura em que o Benfica corria à procura do empate. Com dois golos de desvantagem, a equipa de Rui Vitória não aguentou o rastilho curto para um ambiente infernal e perdeu o controlo emocional durante oito minutos em que sofreu dois golos de bola parada e outro fruto de um erro de Júlio César.

O melhor

Mertens - O avançado belga mostrou que está num excelente momento de forma e com dois golos ao Benfica entrou para um restrito grupo de jogadores que bisaram pelo Nápoles em prova europeias. O livre direto apontado aos 51 minutos acentuou a diferença no marcador e foi determinante na vitória do Nápoles.

Os piores

Júlio César - Jogo infeliz do internacional brasileiro no seu regresso ao Estádio de São Paolo. O guarda-redes do Benfica continua sem vencer em Nápoles e já conta com 4 derrotas e dois empates. No livre direto não mostrou reação ao pontapé de Mertens e no lance da grande penalidade sobre Callejón poderia ter mostrado mais experiência na leitura do lance; para completar a trilogia de desastres, o quarto golo do Nápoles surge na sequência de uma saída em falso do guardião brasileiro.

Curiosidades

9 golos em 9 jogos ditaram a primeira derrota da época e a interrupção de uma série de 17 jogos consecutivos sem perder.

Aos 17 anos, Zé Gomes faz história: é o jogador mais jovem de SEMPRE a jogar pelo Benfica nas competições europeias.

Gonçalo Guedes não marcava pela equipa principal desde novembro do ano passado frente ao Boavista.

Júlio César não sofria 4 ou + golos num jogo desde os 7x1 do Alemanha x Brasil no Mundial 2014.

Antes de Mertens, o último jogador a bisar frente ao Benfica na Champions tinha sido Ibrahimovic (PSG, 2013).