Após seis longas épocas de ligação à equipa de futsal do Benfica, César Paulo recebeu uma notícia que não esperava: já não contavam mais com ele.
O internacional brasileiro escreveu grande parte da sua história como jogador na equipa da Luz, tendo sido a UEFA Futsal Cup o expoente máximo, e de repente encerrou-se um ciclo. Chegou a hora da despedida sem ele próprio estar preparado para isso.
«Não esperava, realmente não esperava. Fui apanhado de surpresa. Achava que podia dar mais ao clube. Não levo mágoa ou raiva, muito pelo contrário. Não sou nenhuma criança, sabia que esta história um dia ia chegar ao fim. Agora tenho de seguir a minha vida», começou por dizer, em entrevista ao SAPO Desporto.
A sua saída foi-lhe comunicada na terça-feira passada, e os dias que se seguiram não foram propriamente fáceis.
«Está a ser um pouco difícil. Recebi a notícia na terça-feira passada e fiquei em casa nos três dias seguintes. Não tinha cabeça para falar com as pessoas. Estava um bocado atordoado. Mas é a minha vida e tenho que saber lidar com isso e tentar ser feliz noutro lugar», confessou o pivot.
A despedida abrupta não apaga porém todos os momentos felizes que ali viveu e são essas memórias que quer guardar e levar seja para onde for.
«Passei aqui muitos momentos felizes da minha vida. Nunca fui tão bem recebido num clube, como aconteceu aqui no Benfica. Aprendi a amar este clube. Aqui conquistei tudo, conquistei o principal título da minha carreira desportiva. Nunca vou esquecer aqueles pavilhões cheios, principalmente nos dérbis. A qualquer lado do país onde íamos, fosse a norte ou a sul, sempre tínhamos um benfiquista a apoiar-nos. Nunca vou esquecer o carinho que recebia na rua por ser do Benfica», recordou.
Quanto à decisão da saída, César Paulo diz que só tem «de entender e respeitar», uma vez que se trata de uma «opção técnica».
Relativamente ao seu futuro, o pivot diz que ainda é cedo para pensar nisso. O brasileiro refere que agora precisa de tempo para digerir esta mudança, e as férias servirão para isso.
«Eu estou aos poucos a encaixar as coisas. Tenho recebido alguns telefonemas, mas não tenho pensado concretamente nisso. Eu quero é estar com os meus amigos, com a minha família e descansar a cabeça. Depois vou pensar nisso porque ainda tenho muito para dar ao futsal», concluiu.
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