A seleção portuguesa de futsal bateu a Rússia por 3-2 e qualificou-se para a final do Europeu da modalidade. Esta será a segunda final dos lusos, que em 2010 perderam o título para a Espanha na Hungria. André Coelho esteve em grande plano ao marcar dois dos três golos lusos. Bruno Coelho marcou o terceiro.
Portugal chegou até as meias-finais só com vitórias, atropelando inclusive o Azerbaijão por 8-1 nos quartos-de-final, num jogo onde Ricardinho (que marcou quatro vezes) se tornou no melhor marcador de sempre em Europeus, com 20 golos).
Frente-a-frente tínhamos o melhor ataque da prova, o de Portugal, e a melhor defesa, a dos russos, que apenas tinham sofrido dois golos nos três jogos efetuados até aqui. Na fase de grupos, empataram com a Polónia, venceram o Cazaquistão e eliminaram a Eslovénia, equipa da casa, nos quartos-de-final. Já os comandados de Jorge Braz bateram Ucrânia e a Roménia no Grupo C.
A história estava do lado dos russos no Arena Stozice, em Liubliana, já que Portugal nunca tinha vencido a formação russa. Duas derrotas e um empate era o saldo de resultados nos três encontros anteriores. Os russos, que já disputaram cinco finais de europeus de futsal, tentavam a sua quarta final consecutiva e com argumentos. Jogadores como o benfiquista Robinho, o pivot Éder Lima e o ala Rômulo são capazes de resolver um jogo pela sua fantasia, ou não fossem todos brasileiros naturalizados russos.
O encontro começou bem para a formação russa que marcou logo aos quatro minutos por Éder Lima, a concluir uma bela jogada atacante, após perda de bola de Pedro Cary.
Portugal tinha dificuldades em impor o seu jogo na quadra e nem o ´mágico` Ricardinho ajudava. O maestro luso, muito marcado, não tinha espaço para mostrar o porquê de ser o melhor do mundo.
Aos sete minutos, Robinho teve uma jogada de mestre: saiu em velocidade, ´picou` a bola por cima de Bruno Sousa, mas o esférico foi devolvido pela barra. Seria um golaço. O primeiro lance de verdadeiro perigo dos lusos só apareceu aos oito minutos, num desvio de Pedro Cary na área, que por pouco não dava empate. Por esta altura, a equipa de Jorge Braz tinha de lidar com um problema: o acumular de faltas que podia ser fatal.
No segundo tempo, Portugal melhorou e muito, passou a pressionar a Rússia na sua metade da quadra, colocando dificuldades na saída de bola. Depois de algumas ameaças e algumas defesas do guarda-redes Zamtaradze, o golo apareceu aos 31 minutos por André Coelho, num remate fortíssimo em zona central.
Um golo que galvanizou os comandados de Jorge Braz que, cinco minutos depois, deram a volta ao jogo com mais um golaço de André Coelho, após canto.
Com pouco tempo de jogo, a Rússia arriscou no 5 contra 4, com o guarda-redes mais avançado. Ao correr muitos riscos, a formação russa acabou por ser penalizada com o terceiro golo de Bruno Coelho, num remate de uma área até à outra, no último minuto. Os russos pediram falta, mas o trio de árbitros da Hungria mandou seguir.
Faltando um minuto para jogar, o que no futsal é muito tempo, a Rússia foi arriscando no cinco para quatro e conseguiu reduzir por Éder Lima, quando faltam 50 segundos para acabar. E foram 50 segundos de sofrimento até ao apito final.
O jogo terminou com escaramuças entre os jogadores, com Robinho a mostrar mau perder. Na final, Ricardinho e companhia vão defrontar a Espanha, campeão em título.
*Artigo atualizado às 23h45 já com o resultado da outra meia-final.
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