“Vai ser um jogo muito interessante, de certeza absoluta, mas estou extremamente confiante de que vamos fazer um bom jogo e saber ser Portugal, que é fundamental e a principal questão para passar esta fase e estar nos ‘quartos’, como queremos”, disse aos jornalistas, em antevisão ao confronto de sexta-feira, com os sérvios, em Kaunas.
Na sequência de uma análise às características da equipa dos Balcãs, que conta com “maturidade competitiva de alguns jogadores, muito objetivos e têm um jogo muito físico”, tornando-se difícil “ganhar-lhes duelos no confronto físico”, Jorge Braz realçou algumas fragilidades que os campeões europeus poderão aproveitar neste encontro.
“Não me parece que seja assim tão difícil ganhar duelos com alguma dinâmica e a jogar da forma como gostamos de jogar, a fugir desse confronto físico, a fazer a Sérvia andar atrás de nós e a mandarmos um bocadinho no jogo cada vez que tivermos bola. O jogo andará muito por aqui, de esconder e ludibriar essa vantagem que eles têm em alguns momentos e nós aproveitarmos o que temos de muito bom”, contou o técnico.
Jorge Braz, de 49 anos, realçou também “uma série de jogadores muito interessantes” no conjunto sérvio, que mantém a identidade dos últimos embates frente a Portugal, de 2018, em dois particulares, e de 2016, no ‘play-off’ de acesso ao último Mundial.
“É uma seleção de topo europeu e mundial, mas nós também o somos. A nossa forma de ser e de jogar tem-nos dado muitas vantagens cada vez que jogamos com a Sérvia. Sabemos muito bem o que temos de fazer: aproveitar as desvantagens deles e muito bem as nossas vantagens a jogar”, vincou o selecionador com mais jogos por Portugal.
Ultrapassada a fase de grupos, na liderança do Grupo C, com sete pontos, resultantes de duas vitórias com Tailândia (4-1) e Ilhas Salomão (7-0) e um empate com Marrocos (3-3), Jorge Braz salientou o crescimento “natural e normal” da equipa na competição.
“Agora, é preparar estrategicamente o adversário que vamos ter, mas sem desviarmos do que nós somos, reforçando esse foco e compromisso do que é ser Portugal a jogar futsal. Claro que, com mais jogos e treinos, tudo isto melhora e vamos crescendo. Já estamos a ultimar a preparação e estamos com muita vontade de crescer”, sublinhou.
Dispondo de quatro dias para preparar o jogo dos oitavos de final, Jorge Braz analisou igualmente a competitividade presente no Mundial, onde as equipas tidas, na teoria, como ‘outsiders’, podem causar surpresas e dificultar a vida aos maiores candidatos.
“Continuo a achar que pode haver aqui uma ou outra surpresa, mas nós queremos é olhar para o nosso percurso. Não queremos surpresas connosco. Sabemos muito bem qual é o objetivo e onde queremos chegar, para continuar o nosso percurso”, concluiu.
O encontro entre Portugal e a Sérvia, a contar para os oitavos de final do Mundial de futsal, está agendado para sexta-feira, às 20:00 (18:00 em Lisboa), na Zalgirio Arena, em Kaunas. O vencedor defrontará, nos ‘quartos’, a Espanha ou a República Checa.
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