Em caso de apuramento na primeira posição, os campeões europeus em título apenas jogam a partida dos oitavos de final na sexta-feira, enquanto a passagem no segundo posto prevê um encontro na quarta-feira, o que significa menos dois dias de recuperação e preparação.
“Do meu ponto de vista, gerir esta competição e ter esse espaço temporal de recuperação e preparação, sem facilitismo, acho uma vantagem. Queremos ganhar todos os jogos, jogar bem e vencer o grupo traz-nos essa vantagem”, sublinhou Jorge Braz aos jornalistas, após o treino oficial de adaptação na Svyturys Arena, em Klaipeda.
Com seis pontos em outros tantos possíveis, após triunfos frente à Tailândia (4-1) e às Ilhas Salomão (7-0), Portugal é líder isolado do agrupamento, posição que pretende manter na derradeira ronda, frente aos marroquinos, segundos, com quatro pontos somados.
“Disse, antes de vir, que Marrocos poderia ser uma surpresa no Mundial. Estamos atentos e sabemos o que temos de fazer. Connosco é que nem pensar, mas que é uma seleção que pode fazer surpresas, claramente, pela qualidade individual, ambição que tem e pelos jogadores, muitos deles habituados a jogar em ligas competitivas”, disse.
Realçando a “enorme vontade de competir” do grupo, Jorge Braz, que se tornou, face às Ilhas Salomão, no selecionador com mais jogos ao comando de Portugal, destacou o “processo natural” de crescimento durante a competição, não se mostrando surpreso com a igualdade entre Marrocos e Tailândia (1-1), na segunda ronda da fase de grupos.
“Sabia que ia ser um jogo equilibrado. Foi um jogo típico de Marrocos, extremamente atrevidos e com transições de enorme qualidade, e um jogo típico da Tailândia, altamente organizada e a saber o que tem de fazer. O equilíbrio nestes jogos do Mundial vai ser cada vez maior e vamos ter um jogo competitivo e equilibrado”, frisou.
Contudo, o treinador, de 49 anos, referiu que Portugal está “com um ligeiro ‘upgrade’ para poder vencer”, vincando a necessidade de serem “pacientes nalguns momentos ofensivos que Marrocos vai ter”, pois “sabem circular e ter bola com grande conforto”.
“Há que reconhecer sempre isso nos adversários, mas nós também sabemos reagir muito bem às perdas, bem como aos momentos em que podemos ser mais atrevidos na pressão, e criar dificuldades nessa qualidade com bola que eles têm”, ressalvou.
Já o ala Tiago Brito, de 30 anos, realçou a ambição patente na seleção portuguesa para “vencer o jogo e, como consequência, vencer o grupo”, diante da seleção que “poderá causar mais dificuldades durante o jogo”, mas disse que os jogadores estão “preparados e na máxima força”.
“[Queremos] Dar continuidade à evolução que tem sido notória nos dois jogos já realizados. A melhor forma de terminar a fase de grupos é com uma vitória e julgo que estamos preparados para o fazer”, expressou o matosinhense, do Sporting de Braga.
Depois de 10 dias em isolamento profilático, devido à pandemia de covid-19, que o afastou do primeiro jogo luso na prova, Tiago Brito acredita que “estão todos os ingredientes prontos para a competição terminar da melhor maneira” para Portugal.
O encontro entre Portugal, líder do Grupo C, com seis pontos, e Marrocos, segundo, com quatro, da última jornada da fase de grupos do Mundial de futsal, disputa-se no domingo, às 18:00 (16:00 em Lisboa), na Svyturys Arena, em Klaipeda, na Lituânia.
Comentários