A seleção portuguesa de futsal foi esta manhã recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, depois da conquista do bicampeonato europeu.
Além de sublinhar que valeu a pena, "porque em 2018, no ano passado e este ano, Portugal conquistou um Europeu, um Mundial e um Europeu", Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que os troféus “não caem do céu, são fruto deste trabalho de preparação”.
A revalidação do título Europeu, em Amesterdão, após a vitória na final sobre a Rússia, por 4-2, é igualmente “um bom exemplo” para o país e para a seleção feminina, que dentro de dias vai entrar em ação, assim como “para os jogadores que vão lutar no Qatar”.
"Um Europeu, Mundial e um Europeu não caem do céu. A preparação é muito importante, mas depois há o instante decisivo onde se ganha ou se perde. Aí fomos muitos portugueses, heroicos nos momentos cruciais", afirmou Marcelo, recordando as remontadas da equipa lusa.
"Tinha a certeza na meia-final e final de que íamos virar o jogo. Porquê? Por Jorge Braz e vocês. Iam virar os jogos, serenamente e calmamente. Dá um sabor muito especial à vitória o golo no último segundo [na final], uma espécie de um brinde adicional depois de uma grande exibição. Lutámos, soubemos esperar, não perdemos a cabeça, mantivemos a motivação, sustentámos a garra e ganhámos. Isso é um bom exemplo para o país. Uma boa inspiração, também para os nossos jogadores que vão lutar pelo Qatar. Têm de fazer o que vocês fizeram. Não correu bem até um certo momento, mas vai correr bem na ponta final", sublinhou.
Depois de endereçar uma primeira palavra ao Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, também presente na receção aos campeões europeus - “que continua cada vez mais entusiasta no mais pequeno pormenor, até na candidatura conjunta com Espanha ao Mundial de futebol de 2030” -, o presidente da República destacou o papel de Fernando Gomes à frente dos destinos da FPF.
“Em 98 anos de Federação Portuguesa de Futebol, tínhamos conquistado 15 títulos europeus e mundiais. Em 10 anos, durante os seus mandatos, conquistámos 15 títulos europeus e mundiais. Tantos como em toda a restante história do futebol português. E fez a diferença, porque criou um espírito de família, preparou, soube organizar as estruturas, escolher as pessoas certas e não largou um minuto sem vos apoiar. Estes campeões, outros campeões. E nós continuamos a acreditar que em 2024 nos vai trazer mais títulos”, sustentou.
A terceira palavra de Marcelo Rebelo de Sousa, essa, foi endereçada a Jorge Braz, o treinador da seleção que não atendeu o telefone, mas depois retribuiu a chamada entre a meia-final e a final ao Presidente da República
“É uma pessoa muito especial. Mistura aquele ar de senador, tímido, parece distante e, às vezes, ausente, mas não perde um pormenor daquilo que se passa. E vibra por dentro e sabe formar o espírito de equipa, alimentar esse espírito, mas é verdade que teve a ajuda e persistência do senhor presidente Fernando Gomes”, apontou Rebelo de Sousa.
O Presidente da República desafiou, depois, o treinador português a conduzir a equipa das ‘quinas’ diretamente do aeroporto para o Palácio de Belém.
“Já é uma tradição, temos de a manter no próximo Mundial. E só não recebem ainda o que vão receber, porque foi tudo depressa demais. Mas irão receber aquilo que merecem, como receberam em 2018 e 2021”, finalizou o presidente da República, antes de dar um abraço a cada um dos elementos da comitiva nacional, “que é o abraço de todos os portugueses”.
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