O selecionador português de futsal feminino assumiu hoje o favoritismo na qualificação para o primeiro Europeu, que vai ser disputado a partir de quarta-feira, em Oliveira de Azeméis.

Em declarações à agência Lusa, Luís Conceição assumiu que a seleção portuguesa é “favorita a passar o grupo, na teoria”, e quer começar a comprová-lo na prática já frente à República Checa, na quarta-feira, no primeiro embate.

Para o treinador é preciso “foco” e evitar qualquer tipo de “deslize” para não passar “a depender de outros” para assegurar a qualificação, necessitando para isso de vencer o grupo.

Depois do jogo com as checas, seguem-se os encontros frente à Finlândia, na quinta-feira, e à Sérvia, no sábado.

Desde 20 de agosto que a seleção portuguesa prepara afincadamente os encontros desta fase de qualificação, naquele que é o maior período de estágio de sempre.

“O facto de este torneio ser a meio de setembro obrigou-nos a fazer a pré-época com as atletas. Elas vieram diretamente das férias para este estágio. Este tempo acabou por ser fundamental por conseguimos pensar futsal 24 sobre 24 horas e preparar-nos de outra forma”, afirmou o técnico, que está à frente desta seleção desde 2014.

Ao longo destas semanas, Portugal realizou quatro jogos particulares frente a Japão e Espanha, o que se saldou em três vitórias e uma derrota. Para lá das goleadas à formação asiática, o que deixou o treinador mais agradado foi a vitória diante da Espanha, uma das melhores seleções europeias da atualidade.

“Fiquei satisfeito porque a Espanha, a par de Rússia, Ucrânia e Itália, é uma das melhores seleções da Europa. Fizemos quatro jogos internacionais, ganhámos três e perdemos um. Sofrer apenas dois golos e isso deixa-nos muito satisfeitos e com água na boca para o que vem aí”, salientou.

A capitã Ana Azevedo, internacional desde 2010, reconheceu que a conquista em fevereiro passado do Europeu por parte da seleção masculina é “uma inspiração”, mas, antes de sonhar com a reedição deste êxito, aponta à necessidade de conseguir o apuramento.

Quanto ao facto de irem disputar esta qualificação em casa, a jogadora de 32 anos considera-a uma vantagem da qual querem beneficiar e, para isso, deixa um apelo: “Queremos muito que estejam no pavilhão a apoiar-nos e faremos de tudo para o merecer. É muito bom estar no campo a jogar e saber que temos pessoas na bancada a apoiar-nos”.